Estudantes marcham contra implementação de propinas
Os estudantes universitários e alguns activistas angolanos, vão dar início hoje sábado, a uma marcha contra a implementação de propinas, nas instituições públicas de ensino superior, em todo país.

Segundo a organização, além de Luanda, a denominada marcha "Propina Not" ou "Propina Não", agendada para sábado, deve decorrer igualmente nas províncias do Bengo, Benguela, Cuanza Norte e Malanje, onde os organizadores "estão já a ser intimidados".

"Em Malanje, a informação que nos chega é que os nossos manos estão a ser intimidados desde que anunciaram esta marcha, uma situação que, desde já, lamentamos", disse ontem à Lusa um membro da organização do protesto, Donito Carlos.

Angola tem registado, nas últimas semanas, várias manifestações, nomeadamente sobre a criação de autarquias em todo o país, de ex-militares "exigindo inserção" na polícia e contra o elevado índice de desemprego - nesta última registaram-se confrontos, com a polícia a carregar sobre os manifestantes.

Donito Carlos afirma que em consequência das últimas repressões há entre os jovens "algum receio acima da média", porque "muitos continuam com lesões e recebem ameaças de mortes", referindo, no entanto, que a adesão para a marcha de sábado "não está em causa".

Para o activista, a marcha surge apenas para os jovens estudantes manifestarem o seu descontentamento, explicando que no contacto que tiveram com as autoridades, "inclusive com a ministra do Ensino Superior, o Governo deve mesmo implementar propinas em 2020".

Em Luanda, a marcha terá início as 11:00 locais (mesma hora em Lisboa), no largo da Sagrada Família, e deve decorrer até ao Instituto Nacional de Luta contra o Sida, centro da capital. angolana.

Fonte: Angola 24 Horas

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