Em declarações hoje, quarta-feira, à imprensa, o comandante provincial do Serviço de Bombeiros e Protecção Civil, Tito Manuel, disse que foram vítimas duas crianças que foram arrastadas pela correnteza e uma terceira morreu electrocutada enquanto tomava banho na chuva.   

Tito Manuel esclareceu que as mortes ocorreram nos bairros de Malueca, Baia e Dala Mulemba, municípios do Cazenga e Viana, respectivamente.

Segundo o responsável, em algumas zonas de Luanda a quantidade de água ultrapassou os milímetros esperados enquanto em outras localidades foi uma chuva moderada sem graves consequências.

O oficial bombeiro caracterizou o quatro actual como sendo crítico, principalmente nas regiões sudoeste e sul da cidade com realce para o condomínio privado Vida Pacifica, no Zango 0, onde a inundação impossibilita a locomoção dos moradores.

Neste momento meios de sucção de águas, máquinas dos bombeiros e do Instituto Nacional de Estradas de Angola (INEA) trabalham para minimizar a situação, explicou a fonte.

Outras zonas também afectadas pela chuva, segundo o balanço provisório dos bombeiros, são as zonas dos zangos, KM9 e KM12A, e o transbordo das bacias de retenção do Tio-Kimbundo, Mabululo, BCA e Tunga-ngô.

As chuvas provocaram ainda o corte da via entre o Zango/Viana Sede entre o cemitério e bomba da Pumangol devido a cedência de parte do asfalto, bem como  o aumento de crateras na estrada principal do Calemba-II, dificultando a circulação rodoviária e inundações nas zonas Verde e das Salinas  nos municípios de Kilamba-Kiaxi e Belas.

O comandante dos bombeiros lamentou o facto de existirem residências construídas nas linhas de agua e junto das valas de drenagem, situação que influência no escoamento das águas da chuva.  

A capital angolana, com aproximadamente oito milhões de habitantes, conta com os municípios de Luanda, Cazenga, Viana, Quiçama, Talatona, Belas, Icolo e Bengo, Cacuaco e Kilamba Kiaxi.