Xenofobia na UPRA - Estudantes queixam-se de professores cubanos
Estudantes finalistas do curso de Medicina exigem mudança de professores.

Um grupo de estudantes finalistas do curso de Medicina da Universidade Privada de Angola (UPRA) acusa a instituição de "violar gravemente" os regulamentos, por, alegadamente, os "obrigar" a fazer o exame global (procedimento escrito e oral cuja nota positiva dá acesso ao «canudo») com professores de nacionalidade cubana, os quais "nunca" fizeram parte do processo formativo e demonstraram, ao longo da avaliação, "abuso de poder", além de, supostamente, apresentarem as questões "em espanhol", num conteúdo "fora do programa".

O reitor da UPRA, Carlos Alberto Pinto de Sousa, assegura que "não houve" nenhuma violação por parte da universidade e remete qualquer esclarecimento adicional a um comunicado, datado de 05 de Agosto, no qual o Gabinete de Comunicação Institucional da Universidade Privada de Angola explica que os docentes agora contestados pelos estudantes pertencem aos quadros da instituição.

Por isso, prossegue a nota, a UPRA "não está preocupada", na medida em que considera os docentes visados "éticos o suficiente para não terem um comportamento desrespeitoso para com o aluno".

"Tudo indica que as acusações feitas aos professores cubanos são o resultado de certo incitamento à xenofobia inaceitável", reforça o comunicado, que, quanto às queixas sobre o exame ter sido elaborado em espanhol, rebate: "Os alunos da UPRA, de diversos cursos, têm tido aulas, desde o primeiro ano, com professores cubanos que, como sabemos, não falam fluentemente o português, e essa questão nunca foi levantada como preocupação por qualquer geração, nos 20 anos de existência [da universidade] ", diz a nota, rotulando os estudantes queixosos como sendo pessoas "que não valorizam os seus mestres e, portanto, não merecem o respeito e a credibilidade de ninguém".

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