Vírus chinês já fez mais de 20 mortos
China anunciou esta hoje a morte de uma pessoa devido ao coronavírus perto da fronteira com a Rússia. Trata-se da segunda vítima mortal fora do epicentro do surto, com origem na cidade de Wuhan, elevando para 26 o número de mortos.

P U B L I C I D A D E

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A vítima em causa morreu em Heilongjiang, uma província do nordeste da China, revelaram autoridades locais à agência de notícias France-Presse sem fornecerem mais detalhes. A província fica a mais de 1.800 quilómetros de Wuhan.

As autoridades anunciaram que vão construir de urgência um hospital para atacar o coronavírus e confirmaram que o número de pacientes infectado com o vírus, identificado como 2019-nCoV, aumentou para 881.

O hospital, segundo a televisão estatal CCTV, está a ser edificado na periferia de Wuhan - cidade com 11 milhões de habitantes e epicentro da crise -, tendo as obras começado esta quinta-feira e que deverão estar concluídas a 3 de Fevereiro.

Numa altura em que a China alargou a quarentena a 33 milhões de pessoas, a ideia de construir um novo hospital especializado é a de centralizar os pacientes infectados, replicando a situação de 2003, quando ocorreu a epidemia do Síndrome Respiratório Agudo Severo, semelhante ao actual coronovírus e que causou mais de 700 vítimas mortais. Nesse ano, foi construída em Pequim uma clínica especializada em Xiaotangshang, na periferia da capital, numa semana.

O surto surge numa altura em que milhões de chineses viajam por ocasião do Ano Novo Lunar, que arranca este Sábado. Segundo o Ministério dos Transportes, o país deve registar um total de três mil milhões de viagens internas neste período.

A China está no ponto “mais crítico” no que diz respeito à prevenção e controlo do vírus, alertam as autoridades, que colocaram pelo menos dez cidades em quarentena, afectando mais de 20,5 milhões de pessoas.

Na capital, Pequim, os principais eventos públicos foram cancelados por tempo indeterminado, incluindo alguns que são emblemáticos da chegada do novo ano chinês.

Fora da China continental, foram confirmados casos na Coreia do Sul, EUA, Hong Kong, Japão, Macau, Tailândia, Taiwan, Singapura e Vietname.

Muitos países estão a rastrear viajantes vindos da China em busca de possíveis sintomas do vírus, que pode provocar febre, tosse, dificuldades respiratórias e pneumonia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse esta Quinta-feira, no segundo dia de reunião do seu Comité de Emergência, que “não é o momento” para declarar o surto actual como uma emergência internacional de saúde pública.

“A função da OMS é garantir que a resposta de saúde pública global a qualquer novo surto é rápida, robusta e abrangente, sobretudo tendo em conta a distribuição geográfica dos casos”, lembra Jeremy Farrar, director da organização não-governamental (ONG) Wellcome, dedicada à investigação em saúde.

Em declarações, a partir de Davos, onde participa no Fórum Económico Mundial, o director da ONG sublinha que “este surto é extremamente preocupante”. “Uma grande preocupação é a variedade de sintomas que este vírus está a causar. Algumas pessoas estão a ser afectadas e são infecciosas, apesar de apresentarem apenas sintomas muito ligeiros ou possivelmente não apresentando quaisquer sintomas”, alerta. E sugere: “Isto pode estar a mascarar o verdadeiro número de infectados e a dimensão da transmissão de pessoa para pessoa.”

Fonte: EXPRESSO

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