Vera Daves pede mais participação da China em Angola
Numa entrevista ao jornal “China Daily”, publicada na edição de ontem, Vera Daves considera que existe um enorme potencial económico por explorar em Angola, em know-how e tecnologias na China. “Abre-se a possibilidade de os dois países poderem estender a cooperação ao sector privado e obter benefícios mutuamente vantajosos”, afirmou a ministra

P U B L I C I D A D E

P U B L I C I D A D E

A ministra destacou o facto de o Governo ter identificado 54 produtos nos sectores agrícolas, pesqueiro e de recursos minerais que podem ser produzidos em Angola e exportados para qualquer parte do mundo, incluindo a China.


Vera Daves lembrou que Angola decidiu privatizar 195 empresas estatais, desde Setembro do ano em curso, no âmbito das iniciativas que visam conferir maior intervenção do sector privado no processo de desenvolvimento e sustentabilidade da economia nacional.


“Esperamos uma participação activa dos investidores chineses para obterem algumas das empresas listadas e ajudar-nos a desenvolver outros sectores”, disse a ministra, tendo realçado que “isso ajudará a diversificar a economia e transformar Angola num país produtivo e exportador de produtos não petrolíferos”.


A governante informou, também, que Angola tem uma longa costa oceânica e está numa região, cujos países vizinhos, sem acesso directo ao mar, têm um enorme potencial comercial. Tendo em conta esse factor, disse a ministra, “Angola pode ser uma plataforma para a China expandir negócios, investimentos e parcerias na África Austral”.
A ministra lembrou que a “China disponibilizou-se em ajudar Angola desde o final da guerra civil, com um amplo apoio ao processo de reconstrução nacional” e continua a ser um dos principais mercados das exportações e importações angolanas.


Na entrevista, a governante considera que “a China tem experiência suficiente para ajudar os países africanos a diversificar as economias e superar os vários problemas que ainda enfrentam”. “As economias dos países africanos apresentam o mesmo cenário: não são diversificadas, têm uma população jovem não qualificada, muitos recursos naturais por explorar e precariedade em quase todos os serviços básicos, como electricidade, água e telecomunicações”, disse a ministra.


“Considerando que a China viveu o mesmo tipo de dificuldades até ao início dos anos 1980 e uma vez que, agora, dispõe de recursos financeiros sólidos, avanço tecnológico e conhecimento científico, pode capitalizar essas oportunidades através da partilha de experiência e da transferência de potencial para os países africanos”, sugeriu.

JA

REAÇÕES

0
   
0
   
0
   
0
   
0
   
1
   
0
   
0