UNITA leva «reclamação exaustiva» à CNE mas com olhos postos no Constitucional
Contencioso eleitoral, a dirimir em sede do TC, é um destino quase irreversível de um diferendo anunciado. UNITA afirma ter cumprido uma jornada exaustiva de produção de elementos probatórios para vergar o MPLA em instância judicial. Juristas desenham o percurso por onde litígio eleitoral deve percorrer, longe da presença de um órgão internacional, como pretende o partido do «galo negro».

Uma influente fonte junto da direcção da UNITA, disse o centro de escrutínio paralelo do «galo negro» cumpria uma exaustiva jornada para "fechar" a reclamação que seguiria, na manhã do dia seguinte (quinta-feira, 01), à Comissão Nacional Eleitoral sob capa de teses contra a vitória do MPLA nas eleições gerais de 24 de Agosto, segundo a CNE. A fonte recorre a esta maratona de escrutínio levada a cabo pela UNITA para justificar alguma imprecisão e lentidão na reacção da UNITA aos avanços no processo eleitoral anunciados pela CNE: "O trabalho é minucioso. As análises podem altear à medida que se apuram os resultados. Estamos tudo a fazer para mostrar, com factos, que o resultado do MPLA não é este anunciado".

Detalha que, entre as alegações constantes na "exaustiva reclamação", consta a reivindicação de mandatos nos círculos provinciais de Luanda, Zaire e Kuando Kubango, e em algumas províncias, como a Huíla, onde "há uma diferença considerável de eleitores, que o MPLA se atribuiu retirando à UNITA".

A fonte afirma que, caso a justiça vingue, os dados compilados através de diversas actas-síntese "da própria CNE" em posse da UNITA "não permitem apurar" um vencedor que alcance uma maioria absoluta, sublinhando que "é um dado certo", olhando para estas actas, que o próximo Governo "não terá condições de governar sozinho", pelo que dependerá de acordos para, por exemplo, aprovar o OGE (Orçamento Geral do Estado).

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