O maior partido da oposição entende que quem detém cargos como o de presidente do TS, deve ter como determinação não deixar que os interesses pessoais se sobreponham aos gerais, ferindo a ética e a moral públicas.
"Quando numa função de Estado os interesses privados se sobrepõem aos interesses gerais, a ética e a moral pública apelam à elevação e consequente responsabilização", disse hoje em conferência de imprensa o líder do Grupo Parlamentar da UNITA.
Liberty Chiyaka acrescentou: "Assim, para salvaguarda do bom nome da República de Angola e pelo dever da responsabilidade e responsabilização dos agentes públicos, o Grupo Parlamentar da UNITA exige a demissão do presidente do Tribunal Supremo".
Segundo o deputado, os tribunais são órgãos de soberania com competência para administrar a justiça em nome do povo e isso implica uma responsabilidade acrescida.
"O conselho Superior da Magistratura é presidido pelo presidente do Tribunal Supremo, este que está alegadamente envolvido em escândalos", referiu o deputado, questionando como fica a imagem do poder judicial no País.
"Quem vai avaliar os juízes, quando o seu presidente está em conflito com a Lei. Quem vai ordenar sindicâncias, inspecções e inquéritos aos serviços judiciais, quando o presidente do Conselho está em falta. Quem vai propor medidas necessárias à eficiência do pode judicial?", indagou.