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Leonardo Bongo terá aberto a porta do governo provincial a uma empresa, propriedade do declarante no processo Inocêncio de Assunção Muata, a qual devia transferir o montante de 26.358.184 kwanzas para a prestação de serviços ao governo, facto que não aconteceu e o dinheiro foi usado para benefício próprio.
O réu induziu igualmente o governador provincial a assinar uma ordem de saque no valor de 23 milhões de kwanzas sem que o governante soubesse que o réu tinha a intenção de comprar uma viatura de luxo no valor de 14 milhões de kwanzas.
O ex-director do Gabinete do Governador, Jaime Hiamba, acusado dos crimes de peculato e falsificação de documentos, também terá facilitado contratos entre o governo local e uma empresa de prestação de serviços sem que esta estivesse cadastrada para o efeito.
Para a conta da empresa em causa, o réu transferiu um total de 10.775.493 kwanzas, destinado aprestar serviços ao governo provincial sem que a empresa tivesse prestado serviço ao governo. O réu foi igualmente efectuando depósitos e transferências nas contas bancárias das duas empresas sem que as mesmas prestassem algum serviço ao governo provincial.
O Ministério Público acusa os dois réus de extraírem várias vezes dos cofres do governo dinheiro que era canalizado para as contas de duas empresas em benefício próprio, sobretudo para a compra de viaturas e mobiliário.
Os réus terão causado ao governo da província prejuízos avaliados em 16.264.651 kwanzas e os advogados dos réus consideram todas as acusações do Ministério Público infundadas por não apresentarem provas suficientes e defendem a nulidade do processo.
Fonte: Angola 24 Horas