Na morgue do Hospital Municipal de Cacuaco, o único funcionário colocado em regime integral é o director, que trabalha como efectivo. Os outros 31, labutam em regime de contrato, disse fonte da instituição.
Luís Gonçalves Fula, recepcionista da morgue, desde 2015, confirmou aos jornalistas a pretensão de cruzarem os braços, caso não seja resolvida a questão dos salários em falta, há 17 meses.
“Fizemos várias diligências junto do Governo Provincial de Luanda e não houve solução", disse o funcionário que informou que outras diligências foram encetadas a nível local, tendo o administrador municipal respondido "que não sabia onde tirar o dinheiro para nos pagar”.
Lamenta ainda o facto de não existir um responsável para que o pudesse os representar, “um situação que nos admira, uma vez que a morgue é do Estado”.
“Estamos indignados com essas respostas, porque nós fomos recrutados, por intermédio da Administração Municipal de Cacuaco”, ilustrou Luís Fula.
Contactado pela fonte da Angola-Online, o administrador municipal de Cacuaco, Augusto José, deixou a promessa de tudo fazer junto das instituições de direito no sentido de encontrar uma solução para esse imbróglio.
Augusto José justificou a situação, com o facto de o Ministério das Finanças ter suspenso as contas a nível dos municípios, a favor da Conta Única do Tesouro, o que levou as circunscrições a perder a capacidade de ressarcir dívidas e honrar atempadamente alguns compromissos.
O administrador de Cacuaco disse estar a fazer diligências junto do Governo Provincial de Luanda (GPL) e do Ministério das Finanças para que os valores alocados ao município, possam fazer a cobertura dessa despesa, relacionada com o pagamento dos salários dos trabalhadores da morgue.
Fonte: Jornal de Angola