Segundo Luís Chicungo, da Comissão dos Moradores da urbanização Vida Pacífica, em declarações à LAC, a SONIP aumentou o preço das habitações que não se ajusta a possibilidade financeira dos moradores.
“Quando assinamos o compromisso para pagamento das habitações, tínhamos um câmbio de 10 mil kwanzas, a casa total ficaria em 9 milhões de kwanzas, eramos descontados aproximadamente 50 mil kwanzas, era uma taxa fixa... Devido a aplicação do BNA do câmbio flutuante, temos estado a pagar as nossas taxas mensais em função do câmbio diário que o BNA disponibiliza, tem estado ficado pesado para nós”, disse, considerando a nova forma de cobrança da SONIP “injusta” por estar distante do salário.
Luís Chicungo, pede a empresa ligada a Sonangol a fixar uma taxa “que vai de encontro o salário auferido pelos moradores", tendo em conta as outras responsabilidades e o momento económico sentido no país.
Contactado pela Angola-Online, um moradores que não quis ser identificado, disse o maior problema está na desvalorização do Kwanza, visto que o preço dos apartamentos está fixado em dólar.
"Em Dezembro, fui lá saber o valor completo do apartamento para liquidar, estava 11 milhões de kwanzas. Em Janeiro deste ano, pronto a pagar o valor já estava em 14 milhões de kwanzas. Isso está fora do controlo”, lamentou.
Por outro lado, o representante da Comissão dos Moradores, reclama a situação actual da urbanização, falta de água, elevadores estragados, fissuras nos edifícios e problemas hidráulicos, por isso, pede a SONIP prestar mais atenção a urbanização e não se preocupar apenas com as cobranças.
A fonte da Angola-Online contactou a Sonangol via e-mail, sem sucesso.