Sonangol garante estabilidade no fornecimento de gás e afasta cenário de crise
Petrolífera estatal responde a várias informações postas a circular em alguns meios de comunicação online e rede sociais. Na mensagem, a maior empresa do País garante haver stock para dar cobertura às necessidades.

A Sonangol negou, durante a semana, através da sua Unidade de Negócio de Gás e Energias Renováveis (UNGER), que não haverá escassez de gás de cozinha no País, nos próximos tempos, garantindo "disponibilidade absoluta" do produto para o fornecimento habitual ao mercado nacional. Por via de uma nota distribuída aos meios de comunicação social, a companhia petrolífera nacional atestou também que os seus sistemas, tanto de produção como de distribuição, encontram-se em pleno funcionamento em todas as áreas do País em que a UNGER está instalada, além de ter garantido que não tem registos de qualquer indicador ou perspectiva de alteração nos próximos tempos.

A empresa estatal angolana respondia a uma informação que dava conta de que o País assistiria, nas próximas semanas, a uma redução no fornecimento do gás butano, conteúdo amplamente divulgado nas redes sociais e em alguns meios de comunicação. Com isto, o board da Sonangol reiterou o apelo aos cidadãos no sentido de adquirirem o gás da forma habitual. Ou seja, as pessoas podem comprar o gás quando necessitarem, afastando a necessidade de as famílias recorrem ao stock de botijas ou compras avultadas nos revendedores oficiais.

Também pediu aos consumidores dos produtos da Sonangol a não darem importância a "determinados rumores postos a circular nas redes sociais, muito provavelmente com o objectivo de gerar especulação do produto no mercado".

A informação colocada a circular aconselhava as famílias a terem botijas de gás de reserva cheias, por supostamente se prever alguns constrangimentos no fornecimento do produto na última semana do mês de Julho e início de Agosto, devido a uma alegada manutenção na refinaria de Luanda.

Famílias denunciam crise

Apesar do desmentido da petrolífera estatal angolana, várias famílias já se queixaram, no início deste ano, da queda no fornecimento de gás em Luanda, facto que obrigou os populares a enfrentar filas enormes nas escassas lojas que detinham o produto. Aliás, também em algumas províncias fora de Luanda este facto é comum, sobretudo nas regiões mais afastadas da capital do País, nomeadamente Cabinda, Moxico, as Lundas Sul e Norte, Cuando Cubango e Cunene.

Por conta da escassez, vários revendedores informais fazem especulação e praticam preços acima do estabelecido pela Sonangol (1.200 Kz). Por uma botija, as famílias podem desembolsar, no mercado informal, até 1.800 Kz. Isto em Luanda. Noutras paragens, como Cabinda e Moxico, o gás pode custar às familias, também no informal, 2 mil Kz. Mesmo com esse preço, as famílias têm preferido pagar caro do que ficar vários dias sem uma botija de gás cheia para a preparação dos alimentos.

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