Segurança do Estado volta à carga com aumento do tom de indignação
Pedido de audiência enviado ao governador de Benguela e líder do MPLA na província, com ameaça de manifestações à mistura, e nova exigência de prova de vida demonstram o reacender da polémica. Homens dos antigos batalhões de «fuzilamentos» e «buscas» são os mais inconformados.

Elementos que fizeram parte do extinto Ministério da Segurança do Estado (MINSE) endereçaram ao primeiro-secretário do MPLA na província de Benguela, Luís Nunes, no passado dia 13 de Julho, um pedido de audiência para a discussão do seu "estado anímico e psicológico" e "estado de opinião e perspectivas de resultados eleitorais na província", quando se sabe que o tom da crítica por vários anos de promessas falhadas em relação às pensões de reforma militar continua a aumentar, apurou o Novo Jornal.

O pedido endereçado ao também governador provincial, antes, portanto, da chegada do período de gestão corrente imposto pelas eleições, seria como que uma forma de fazer chegar as suas preocupações ao candidato do partido dos "camaradas" às eleições, João Lourenço, que trabalhou em Benguela na última quinta-feira.

O documento a que o NJ teve acesso foi enviado na altura em que Luís Nunes manifestava disposição para dialogar com diferentes franjas da sociedade, mas a verdade, confirmada por várias fontes, é que acabou engavetado, sem uma resposta ao pedido.

Membros da ASPAR, a organização que congrega agentes da antiga segurança do Estado, referem, mediante o que chamam de "observação paralela", que as perspectivas quanto aos resultados eleitorais nesta praça não são animadoras para o MPLA.

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