Saturnino envolvido no esquema de empresas fantasmas que tiraram milhões a Sonils
Mais uma página do esquema de empresas fantasmas que tiraram milhões da Sonils é revelada. Desta vez aparece o nome do antigo PCA da Sonangol, Carlos Saturnino.

Após divulgar a informação das empresas que ganharam milhões sem pertencer a estrutura accionista da Sonils, empresa detentora do monopólio de prestação de serviço no ramo petrolífero. O jornal Valor Económica revela que no esquema consta o nome de Saturnino.

O ex-PCA da Sonangol entra no esquema através da Shogune, empresa que prestava consulta a Socalop, uma das duas empresas que tiraram 23 milhões de dólares a Sonils de 2004 a 2012 sem ser accionistas.

TENTATIVA DE VENDER SONILS DESVALORIZADA 

Documentos em posse do VALOR mostram que em 2016 a Socalop e a Capital Port SA estiveram prestes a comprar 40% da Sonils a um preço, considerado de oferta por quem acompanhou o dossier. E, mais uma vez, Carlos Saturno aparece no centro do negócio.

 Era a esta altura presidente do conselho de gerência da Sonils e foi o responsável por aprovar a venda. Antes de deixar a Sonangol, acordou a venda de 40% da Sonils às duas empresas por pouco mais de 13 milhões, mas com a sua saída o negócio não avançou. 

A administração que sucedeu a sua entendeu que o valor estava bastante subvalorizado, tendo em conta que a Sonangol, em 2011, pagou 297 milhões de dólares por 70% da empresa. Depois de verem rejeitadas a oferta de 13 milhões, as empresas tentaram pagar 40 milhões dólares pelos 40%, mas “a Sonangol voltou a não aceitar e com razão, tinha pago, numa base de avaliação, 429 milhões de dólares por 100% da Sonils. Portanto, 40% não podia valer nem 15 nem 40 milhões de dólares”.

 “Mas a acta do conselho de administração da Sonils já estava passada e assinada a concordar com a venda de 15 dos 40% no valor de 15 milhões de dólares”, recorda antigo quadro da Sonangol.

Fonte: Valor Económico

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