Santo Papa Católico oferece sua casa aos sem-abrigos
Um gesto que surge na perspectiva de impedir infecção dos sem-abrigos.

O natal é sinónimo de união familiar, mas para os pobres e sem-abrigo é o reflexo da solidão, um sentimento que se agrava nesta quadra. Os que vivem ao relento na praça de São Pedro, no Vaticano, encontram consolo e um teto no Palácio Migliori, que o Papa Francisco mandou renovar e abriu em Novembro do ano passado para estar ao serviço de pessoas nestas condições.

"Muitos pobres passaram por aqui e muitos encontraram, eventualmente, o próprio caminho, a própria casa. Alguns voltaram para as famílias", referiu, em entrevista à Euronews, Carlo Santoro, director do Palácio Migliori.

O projeto foi entregue à Comunidade de Sant'Egídio. O espaço tem capacidade para acolher até 50 pessoas às quais é dada uma cama, roupa lavada, comida e é prestado apoio à saúde. Torna-se ainda mais especial em tempo de pandemia de Covid-19, como sublinhou Claudia Palazzolo, médica e voluntária: "Neste momento, em que é muito difícil ter acesso ao sistema de saúde por causa da pandemia, este aspeto é mais importante do que nunca. Têm medo de ir ao hospital e muitos serviços hospitalares estão fechados. Somos capazes de evitar acessos desnecessários às urgências, quando possível."

O papel dos voluntários é crítico para ajudar os que mais precisam. A propagação do novo coronavírus é motivo de preocupação acrescida, mas continuam a conhecer-se histórias de pessoas que morrem entregues à própria sorte.

"Infelizmente estamos a viver uma situação em que os hospitais estão completamente orientados para tratar doentes com Covid-19. No último mês, três pessoas morreram sozinhas na rua, na esquina. Nenhuma tinha Covid-19. Foram simplesmente abandonadas", lamentou Carlo Santoro.

Fonte: Euronews

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