Rui Falcão acusa jornalistas dos órgãos de comunicação públicos de ″excesso de zelo e auto-censura″
TPA, Zimbo, Rádio Nacional e Jornal de Angola, militantes acusou os jornalistas destes meios de excesso de zelo e auto-censura.

Rui Falcão nega qualquer interferência do seu partido nos órgãos de informação estatais, e, em declarações à Voz da América (VOA), passou a responsabilidade para os jornalistas, que acusou de "excesso de zelo e auto-censura".

"O secretário de informação do MPLA sou eu e eu não dei, nem dou, nem darei qualquer orientação para estes órgãos", garantiu, citado pela Voa, declarando que o MPLA "pugna por uma informação isenta".

"Infelizmente há quem deturpe os limites das suas responsabilidades o que não tem nada a ver connosco", disse ainda Rui Falcão.

Excessos de zelo e auto-censura não nos caracterizam", rematou o secretário de informação do MPLA, atirando para os jornalistas dos órgãos de comunicação públicos a culpa desta desigualdade de tratamento, que a UNITA, pela voz do seu porta-voz, Marcial Dachala, considera que se deve à "mão do partido no poder que na sua cultura de exclusão vai ao ponto de transformar estes órgãos em tentáculos do seu Departamento de Acção Psicológica e Propaganda com a exclusiva pretensão de demostrar que é o único partido capaz de governar o País".

A reacção mais recente da UNITA diz respeito aos comícios realizados no sábado passado (o líder do MPLA esteve no Moxico, enquanto o da UNITA marcou presença em Cabinda) em que o "Galo Negro" teve apenas direito a cerca de 20 segundos, enquanto o comício do MPLA foi transmitido em directo na TPA, RNA e TV-Zimbo, e depois abriu os noticiários destes meios de comunicação.

Uma leitura da situação que chega também através do jornalista e economista Carlos Rosado de Carvalho, que usou como exemplo o noticiário da TPA do dia 9 de Junho, e demonstrou que a Televisão Pública de Angola dedicou nove das dez peças dos telejornal a João Lourenço nesse dia.

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