Responsável do Jardim do Éden detido por burlar mais de 160 clientes
O empresário angolano José Ferreira Ramos, responsável da empresa RIDGE Solutions Angola, empresa de desenvolvimento e gestão imobiliária dos Jardins do Éden, no Camama, em Luanda, foi esta terça-feira, 7, detido pela Direcção Nacional Investigação e Acção Penal (DNIAP), por burlar mais de 160 clientes.

Segundo apurou a fonte da Angola-Online, sendo DNIAP um órgão afecto à Procuradoria-Geral da República, o empresário é acusado de burlar mais de 160 clientes que lhe adquiriram residências naquele projecto há mais dez anos.

"Foi-lhe aplicada a medida de coação pessoal de prisão preventiva, ontem, após interrogatório pela DNIAP, por existirem fortes indícios de ter cometido crime de burla por defraudação e abuso de confiança", disse Álvaro João, porta-voz da PGR.

Questionado porque que só agora a Procuradoria-Geral da República deteve o empresário, uma vez que vários clientes vinham reclamando do não cumprimento da empresa RIDGE Solutions, Álvaro João respondeu que só agora houve denúncias dos clientes.

"As pessoas estavam a tratar do assunto de forma civilizada e amigável e a PGR só pode dar seguimento se existirem denúncias", disse.

Em declarações ao NJOnline, Yuri Nogueira, membro da "comissão de lesados", disse esperar que a justiça seja feita e que o cidadão em causa restitua os valores de cada pessoa que viu frustrado o sonho de casa própria naquela urbanização.

"Muitos de nós pagámos entre os 150 e os 600 mil dólares e não recebemos as habitações. Há termos de entrega, inclusive, mas nunca chegámos a receber as casas".

Segundo Yuri Nogueira, os valores pagos pelos lesados, cuja sua comissão controla, já ultrapassam os 6 milhões de dólares.

Yuri Nogueira reconhece que esse valor possa vir a aumentar, face ao surgimento de mais lesados no processo, que diariamente procuram e se juntam á comissão.

"Estamos esperançosos na justiça e queremos ver cumpridas as palavras do Presidente da República, João Lourenço, quando diz que ninguém é suficientemente rico que não possa ser punido, ninguém é pobre demais que não possa ser protegido", salientou.

Segundo o porta-voz dos lesados, em 2007, o Empreendimento Jardim do Éden estabeleceu que as casas seriam entregues em 14 meses, após o primeiro pagamento, coisa que nunca chegou a acontecer.

Fonte: NJOnline (Pode-se ler na integra a matéria a partir da fonte)

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