Refinaria do Lobito entregue à Sonangol
Ministro Diamantino de Azevedo admite que as cinco candidaturas não colheram a satisfação do governo, pelo que será a petrolífera estatal a reactivar a mesma.

Ao concurso público lançado em Julho de 2021 para a reactivação da refinaria do Lobito responderam cinco candidaturas, cujo vencedor deveria ter sido anunciado em Dezembro do ano passado, segundo cronograma partilhado pela própria Sonangol. Cinco meses volvidos, Diamantino Azevedo explica agora o delay, anuncia solução e enfatiza que “por vezes é necessário tomar decisões ousadas”.

Nas palavras do ministro dos Recursos Naturais, Petróleo e Gás, “depois de termos feito um concurso internacional, não nos agradaram os resultados, digo-o publicamente, e orientamos que a Sonangol reactivasse o projecto por ela própria e por meio dela própria”.

O anúncio é feito durante um workshop sobre oportunidades de investimento liderado pela ANPG, em Houston,  em que o governante reitera o compromisso com a transição energética, “temos de tratar dos combustíveis fósseis, mas não vamos abdicar dessa bênção que alguém um dia nos deu. Mas podemos fazê-lo com respeito pelo ambiente. O governo está a finalizar a estratégia para a transição energética. E, como se diz entre nós, enquanto está a falar, está fazendo”.

E sobre o que se faz, o ministro discorre: “Ontem presenciámos os testes finais da refinaria de Cabinda com capacidade de produção de 60 mil barris/dia. Tivemos também oportunidade de reunir com o consórcio americano que ganhou a refinaria do Soho com capacidade para 100 mil barris/dia. Tomámos a decisão de reactivar o Lobito com capacidade para 200 mil barris/dia. Por outro lado, em breve iremos apresentar os resultados do trabalho feito na refinaria de Luanda que vai aumentar a capacidade de produção de gasolina três vezes mais”.

Diamantino Azevedo designa Soho e Lobito “como as refinarias do futuro” e remata: “Temos de nos preparara para enfrentar o mundo”.

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