Procurado pela Interpol encontra proteção em Angola
O diário espanhol El Mundo fez no sábado, 08, manchete com o caso de um fugitivo português à justiça espanhola, procurado pela Interpol, acusado de um desfalque de dezenas de milhões de euros, que o jornal descobriu em Luanda, protegido pelas autoridades angolanas.

Segundo o Club K (CK), o El Mundo garantiu que encontrou o português de 62 anos, que também tem passaporte angolano, em Luanda, "onde vive tranquilo, sabendo que não o irão deportar", e publica na primeira página do jornal uma fotografia do fugitivo numa rua da capital angolana.

Português terá intermediado venda de armas de Espanha a Angola, num valor de 153 milhões de euros. Mas 100 milhões desapareceram e ao destino só chegou metade da mercadoria.

Para o diário espanhol, o português vive em Luanda desde que saiu apressadamente de Portugal e não teme a possibilidade de extradição, visto que Angola não tem assinado um convénio de extradição com Espanha.

O papel do português terá sido o de "contactar com as pessoas adequadas" em Angola para conseguir a adjudicação do contrato, mas teria também tido um papel essencial na distribuição dos alegados subornos, que estão a ser investigados pela justiça espanhola.

Segundo as fontes do El Mundo, o fugitivo era "o homem para tudo" das empresas espanholas que tinham negócios em Angola e os seus contactos com "gente do Governo" angolano eram "bem conhecidos", assim como a boa relação que tinha com o Ministério do Interior Espanhol.

Espanha devia ter vendido armas à polícia de Luanda por 153 milhões, "mas aproximadamente 100 milhões desapareceram e só chegou ao destino metade da mercadoria".

Folha 8

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