Policial responsável pela morte de vendedora condenado a 16 anos
O agente da Polícia Nacional, Gonçalo Canga, deverá ainda pagar uma indemnização de 5 milhões de kzs e uma taxa de justiça de 50 mil, cujo julgamento terminou com um tumulto protagonizado pela família do réu, após a defesa discordar da pena e querer interpor recurso.

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Dos 31 quesitos lidos, ontem, pelo juiz da causa, Nelson Cabangage, o Tribunal Provincial de Luanda deu como provados 24, número suficiente para condenar o agente da Polícia Nacional (PN) Gonçalo Sakala Canga a 16 anos de prisão, por ter matado a tiro a vendedora Juliana Cafrique, no dia 12 de Março de 2019, no Rocha Pinto, bairro de Luanda.

No acórdão, o tribunal disse não ter dúvidas de que Gonçalo Canga cometeu o crime de homicídio voluntário simples, pelo facto de ter feito o disparo que alvejou a vítima na região cervical, (o tiro entrou pela nuca e saiu pela face entre o olho e a testa) sem que a situação o justificasse.

O tribunal concluiu que, em momento algum os quatro declarantes arrolados ao processo confirmaram que o réu foi agredido pelas vendedoras, justificação usada por Gonçalo Canga para o disparo.

Segundo o juiz Nelson Cabangange, no fatídico dia, quando os agentes da PN chegaram a chamada rua da Padaria para repor a legalidade, impedindo a venda ambulante num espaço orientado pela Administração local, houve tentativa de linchamento de agentes.

Ao retirar-se a PN, as vendedoras queriam tirar os seus pertences que se encontravam na carroçaria do carro em que Gonçalo Canga se encontrava e diante da pressão das senhoras, o mesmo fez dois disparos e um atingiu a malograda.

Fonte: AO24H

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