Políciais e militares são principais traficantes de armas em Angola
“Estou a dizer que há agentes e militares que têm desviado armas para a delinquência beneficiando de uma compensação”, disse, acrescentando que “os indivíduos em causa têm os dias contados, por estarem a cometer crimes puníveis na Lei militar”.

As revelações foram feitas pelo Comandante da Polícia Nacional, Paulo de Almeida, admitindo que recentemente agentes afectos a Polícia Nacional e Forças Armadas, são as principais fontes de fornecimento de armas aos delinquentes no país, segundo o número dois da polícia no país, os agentes têm desviado armas das esquadras e quartéis, em troca de uma compensação.

A onda de assaltos a mão armada no país aumenta cada dia que passa, a situação tem tirado sono aos cidadãos e as autoridades competentes. Só na semana passada mais de cinco pessoas foram baseadas em Luanda, em consequência de assalto a mão armada.

De acordo com Paulo de Almeida, ainda assim, o processo de desarmamento atingiu níveis satisfatórios, tendo já sido recolhidos, desde o início do processo, cerca de 100 mil armas. O segundo comandante da Polícia Nacional mostrou-se preocupado com a quantidade de meios bélicos em posse das empresas de segurança que, a seu ver, é urgente desarmar, por representar um perigo à segurança pública. 

“Achamos que é urgente que as empresas de segurança privada comecem a substituir as suas armas porque elas, de facto, constituem já uma certa preocupação, uma vez que muitas dessas armas têm caído nas mãos de delinquentes”, frisou. Avançou ser igualmente necessário reorganizar-se o sistema de segurança privada, oferecendo-lhe mais competências e idoneidade, uma vez que se sente que uma grande parte das acções criminosas, sobretudo contra estabelecimentos comerciais e agências bancárias, contam com muita cumplicidade dos agentes de segurança. 

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