Paz é mais que o calar das armas
Angola celebra hoje o 4 de Abril, dia em que as armas se calaram definitivamente, depois de três décadas de uma guerra fratricida, que, além de matar, mutilou, separou, produziu órfãos e viúvas, enfim, atrasou o crescimento de uma terra em que muitos apostavam.

No rescaldo dos 17 anos de paz, o secretário-geral do MPLA, Álvaro de Boavida Neto, considerou ontem, em Luanda, que a paz não é apenas o calar das armas, é sobretudo a estabilidade estrutural, a educação, a moral, o civismo e a ética.

Boavida Neto, que falava aos militantes do Comité Provincial do MPLA em Luanda, numa palestra sobre o Dia da Paz, que hoje se assinala, acrescentou que a paz é, também, lutar contra a corrupção, a bajulação, o nepotismo e a impunidade, recordando que estes fenómenos devem, todavia, ser combatidos com justiça. 

“A paz é combater a alta intriga e a ca-lúnia, de nível central, aquela que é estruturada dentro do nosso próprio partido”, apontou.

Para Boavida Neto, hoje “a intriga é uma doença, estamos a ser os verdadeiros soldados do ódio, do rancor e obreiros do saber fazer o mal”.

Sublinhou que é utopia falar de paz com falta de energia e água. “Não há paz enquanto esses bens básicos não chegarem a casa do cidadão”, indicou.

“Temos que reconhecer que não podemos falar de paz enquanto as estradas primárias e terciárias não estiverem boas, permitindo uma livre circulação de pessoas e bens”, disse. 

Álvaro de Boavida Neto afirmou ainda que falar de paz tem que ser com mais emprego, mais habitação, diversificação da economia e produção crescente.

Fonte: Jornal de Angola

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