Pão atinge maior subida dos últimos três anos
Indispensável e quase obrigatório na mesa dos angolanos, o pão é um dos produtos da cesta básica que mais variação de preços registou em Angola, em 2019.

P U B L I C I D A D E

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O preço do produto variou em 29 por cento, saindo de 25 kwanzas em Setembro, para 35 (unidade de 60 gramas) em meados de Dezembro, por alegada escassez de farinha de trigo.

Diante de uma conjuntura macro-económica adversa para o país, o pão atingiu uma das maiores subidas já registadas dos últimos três anos (2016/2019).

Até finais de 2017, por exemplo, uma unidade de pão de 60 gramas podia sair, nas padarias credenciadas, por apenas 10 ou 15 kwanzas. Em 2018, já rondava os 20/25.

As constantes alterações no preço do produto, a nível do mercado nacional, preocupa os compradores e revendedores, numa altura em que as autoridades do Comércio prometem tudo fazer para combater a especulação de preços, sobretudo na época de festas.

Afinal de contas, trata-se de um dos mais antigos e consumidos alimentos em todo Mundo, descoberto há 12 mil anos, na então Mesopotâmia, o actual Iraque.

Entretanto, reza a história que foi no Egipto, 7 mil anos antes de Cristo, que surgiu o fermento e o primeiro pão assado no barro, que rapidamente ganhou o Mundo.

Desde então, com farinha, água, sal e fermento, o pão, feito de vários formatos e qualidades, passou a ser considerado acessível, fácil de produzir e ao alcance de todos.

Porém, já não é bem assim em Angola, nos últimos meses. A variação do preço do pão já começa a afectar o orçamento e a mudar os hábitos de consumo de muitas famílias.

"Sou aposentado e o pão é um item obrigatório à mesa. Com o elevado preço, só me resta torrar milho", desabafa o aposentado Manuel Ventura, 70 anos de idade, que pede às autoridades do país para intensificarem a fiscalização e travarem a especulação.


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