Onda de assaltos deixa camionistas inseguros
Reportagem. Empresas são obrigadas a colocar segurança em cima dos camiões de mercadoria para travar assaltos. Associação dos Camionistas de Angola (ACA) queixa-se de falta de intervenção das autoridades. Nem os camiões cisterna escapam aos assaltos.

A problemática de assaltos no perímetro do Porto de Luanda arrasta-se desde há muito. No último ano, os ataques aos transportes de produtos alimentares a granel intensificaram-se e até já se estendem a toda a extensão da cidade.

Os camionistas não escondem a preocupação e sentem-se inseguros. O pesadelo começa logo na zona portuária de Luanda, seja no terminal da Unicargas ou no da Sogester, onde os camiões ficam perfilados à espera de entrarem nas instalações. A qualquer hora do dia, elementos munidos de armas brancas assaltam os camionistas. Estes, por sua vez, são obrigados a ficar em grupo, numa tentativa de se protegerem e, ao mesmo tempo, intimidarem os delinquentes. “Aqui ninguém pode ficar com o telemóvel na mão. Eles estão espalhados, fazem-se passar de malucos. De noite, temos de ficar em grupo numa área iluminada porque corremos risco de vida”, conta Manuel António. O motorista ainda guarda na memória o que assistiu: um colega a ser esfaqueado na sequência de um assalto quando aguardava para aceder às instalações portuárias.

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