"O Presidente da República sofre de algum complexo"
Apócrifo, circula nas redes sociais um pequeno texto em que ao autor parece que “o Presidente da República sofre de algum complexo”. Segundo ele (a) “é quase mórbida a adoração” de João Lourenço aos estrangeiros..

Essa foi a reacção desse(a) cansado(a) compatriota à ida do Presidente da República a um espectáculo musical que teve como estrela Mariza, uma cantora portuguesa de segundo ou terceiro plano.

A caminho do sexto ano de mandato, os angolanos não têm memória da presença do casal presidencial em qualquer espectáculo musical “abrilhantado” exclusivamente por artistas nacionais.

Pelo palco do Show do Mês, uma realização da Nova Energia, já passaram e repassaram vultos nacionais como Sam Mangwana, Bonga, Paulo Flores, Mito Gaspar,  Dom Caetano, Lulas da Paixão, António Paulino, Waldemar Bastos, Prado Paim  e do casal presidencial nunca se teve o mais leve cheiro.

Pelo Funge do Show do Mês, também promovido pela Nova Energia, vão os mais insignes filhos de Angola.

Não se sabe se por não comer funge, seja ele de milho ou de bombó, ou se por detestar os “condutos” angolanos, o facto é que o  PR e a respectiva consorte nunca foram vistos por perto daquele grandioso evento.

Não ir ao Show do Mês, já feito uma marca dos poucos eventos culturais do País, denota, no mínimo, incultura.

Tanto no Show do Mês quanto no  seu Funge, o Presidente da República teria oportunidade de conhecer angolanos diferentes daqueles que são incapazes de lhe apontar o dedo pelo desastre em que transformou Angola.

Ao Show do Mês e ao seu funge afluem angolanos com os “matrindides” no sítio capazes de lhe dizer olhos nos olhos que está a f...o país. 

A ida do PR ao espectáculo da cantora portuguesa exprime mesmo a sua “mórbida adoração” a estrangeiros. Mas, não a estrangeiros quaisquer. A estrangeiros de tez branca. É expressão de complexo de inferioridade.

É esse complexo de inferioridade que o PR tenta disfarçar em opulência quando se desloca ao estrangeiro. O luxuoso Boeing 787 em que viaja mesmo a países em que vai mendigar dinheiro é um desesperado esforço de “bater o pé” a pessoas  em  relação às quais se sente inferior. Os sapatos e relógios caríssimos que usa são, também eles, tentativas de esconder o complexo de inferioridade que o consome. 

Só que há defeitos de fabrico que opulência alguma consegue disfarçar. Como, por exemplo, ir a uma cimeira mundial sobre o ambiente e calçar sapatos de pele de crocodilo.

A celeridade com que reage a tragédias humanas que envolvem estrangeiros brancos é outra prova do complexo de inferioridade que tomou conta do Presidente angolano.

Essa celeridade contrasta com a sua absoluta indiferença perante tragédias que enlutam seus concidadãos.

Em países decentes, quando vão a espectáculos públicos os Chefes de Estado despem-se momentaneamente dessa função. 

Ao espectáculo organizado pela CLÉ não foi o cidadão João Lourenço e esposa. Foi o casal presidencial. O exército de “tontons macoutes” atrás detrás do  Presidente da República parecia sugerir que ele ia a uma actividade oficial e a não a um acto lúdico, aberto a outros cidadãos. 

Fica mal!

Por: Graça Campos, jornalista

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