1997 - Foi aprovado em Conselho de Ministros uma resolução resultante de um estudo do Banco Mundial sobre "a necessidade de um novo aeroporto", dentro daquilo que era o plano de crescimento da cidade de Luanda.
2005 - Foi feito e apresentado um estudo de pré-viabilidade do novo aeroporto por uma empresa americana, a Perkins & Will, que sugeria dois terrenos - aquele onde está hoje a ser construído e aquele onde está a centralidade do Kilamba. Curiosamente o custo estimado na altura para a construção do novo aeroporto era de 250 milhões USD.
2006 - A 15 de Maio é aprovado em conselho de ministros, decreto 12/06, que sustentava um decreto presidencial de 11 Março, que oficializa a reserva dos terrenos para a construção do aeroporto.
2007 - O projecto de execução passa a responsabilidade da Casa Militar do Presidente da República, Gabinete de Reconstrução Nacional, que passou a ser responsável pela elaboração do projecto e pela contratação do parceiro (empreiteiro).
2007/2012 - O terreno foi delimitado e foi construído um quartel dentro da perímetro do aeroporto, passando a UGP a ser responsável pelo controlo do terreno. Nessa altura foi contratada para realizar o projecto de execução a empresa portuguesa A1V2, a primeira que trabalhou neste aeroporto.
2013 - A 15 de Maio foi assinado o contrato na modalidade EPC com a China International Found (CIF), que significa que o projecto foi feito pela empresa chinesa, que era também responsável pela engenharia e construção. Apesar de feito pela CIF o projecto tinha que ser aprovado pela parte angolana. Este projecto, de acordo com as notícias na altura, estava avaliado em 6.000 milhões USD. Quando o contrato foi denunciado em 2017 a CIF terá confirmado que tinha recebido 4,2 mil milhões USD.
2017 - Em Fevereiro foi assinado um novo contrato com uma nova entidade, a AVIC, também na modalidade EPC, para terminar as obras do novo aeroporto, cujo projecto terá sido validado pelas autoridades angolanas. Recordo que estes contratos EPC entram vigor quando as autoridades angolanas validam, ou se no prazo estabelecido não houver qualquer pronunciamento.
2018/2019 - Tempo que o governo discutiu sob a continuidade do projecto, sendo que a decisão foi terminar a obra, embora com um limite de investimento de 1,4 mil milhões USD. Foi então necessário proceder a algumas alterações ao projecto inicial, nomeadamente a retirada de algumas obras que estavam comtempladas no projecto assinado em 2017.
2020 - No dia 19 de Maio foi assinado a adenda nº1 ao contrato de construção com a AVIC, onde ficou definido aquilo que é o projecto final do aeroporto, comtemplando as obras que poderiam ser realizadas mediante o limite dos 1,4 mil milhões USD. Este plano (ver infografia 2) comtempla que as obras deverão estar concluídas daqui a um ano, mais propriamente 23 de Março de 2023.
DATAS IMPORTANTES ATÉ À INAUGURAÇÃO
Junho 2022 - Será realizado o voo teste, juntamente com as autoridades nacionais e internacionais da aviação civil, um avião que sairá do aeroporto 4 de Fevereiro e que será a o primeiro a aterrar no novo aeroporto. Serve fundamentalmente para testar as condições técnicas da pista e de movimentação na zona da placa. Depois deste voo de teste inicia-se o processo de certificação.
Setembro 2022 - Serão feitos os testes de sistemas e operação, que têm a ver com o controlo de espaço aéreo, sistema de comunicação interna e com os aparelhos, e programação de aterragens e descolagens.
31 de Março de 2023 - Data limite para o final dos trabalhos de construção civil e montagem dos equipamentos.
31 de Junho de 2023 - Data limite para a entrega do aeroporto pronto pelo empreiteiro, AVIC, ao estado angolano
31 de Dezembro de 2023 - data limite estimada para que o processo de certificação do novo aeroporto esteja concluído. Se estas datas se cumprirem, no dia 1 de Janeiro de 2024 o aeroporto pode iniciar a sua operação comercial, estando em condições de funcionar em pleno
2041 - A projeção feita aponta que neste ano o número de passageiros/dia no novo aeroporto será de 13,9 milhões, cerca de 93% da capacidade máxima projectada para esta primeira fase, iniciando-se então a fase ampliação.
