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Kizito Mihigo, 38 anos, um dos sobreviventes de etnia tutsi do genocídio de 1994 naquele país, que matou mais de 800.000 pessoas entre tutsis e hutus moderados que tentaram protegê-los, terá sido encontrado morto, às primeiras horas da manhã, disse a polícia numa declaração.
O relato oficial sobre a morte do músico está a gerar algum ceticismo, num país onde o Governo é, frequentemente, acusado de atacar os críticos assumidos.
Descrito por muitos como o maior ícone cultural do Ruanda e um católico devoto, conhecido pelas canções que promovem a ajuda e o perdão, Mihigo tinha sido perdoado em 2018, mas voltou a ser preso na semana passada.
A polícia alegou que ele estava a tentar fugir para o vizinho Burundi para se juntar a grupos que lutam contra o Governo ruandês.
"Por isso, encontrava-se detido há três dias, enquanto a polícia investigava por que estava a atravessar ilegalmente a fronteira e casos de suborno", disse o porta-voz da polícia, Eric Kabera, num comunicado hoje sobre a morte do músico.
A polícia disse que Mihigo tinha sido autorizado a encontrar-se com membros da sua família e com o seu advogado.
Fonte da Agência de Investigações do Ruanda disse, na quinta-feira, na rede social Twiter, que os órgãos de segurança do país tinham entregado Mihigo, alegando que as acusações contra ele incluíam a travessia ilegal para o Burundi para se juntar a grupos terroristas e por corrupção.
Mihigo foi preso em 2014 e condenado no ano seguinte a 10 anos de prisão, depois de ter sido considerado culpado de conspiração para assassinar ou prejudicar Kagamé e outros líderes do Ruanda.
Fonte: AO24H