MPLA ganhou as eleições gerais de 24 de Agosto com 51,7 por cento dos votos - UNITA com 44,5 e 90 deputados eleitos
A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) divulgou os resultados eleitorais provisórios "definitivos" das eleições gerais de 24 de Agosto anunciando uma vitória por maioria absoluta do MPLA, que atinge 51,7 por cento e elege 124 deputados. A UNITA fica em segundo com 44,5 por cento e 90 deputados eleitos.

A CASA-CE, até aqui o 3º maior grupo parlamentar na Assembleia Nacional, não elege qualquer deputados.

Com todos os votos contados, o porta-voz da CNE explicou que estes resultados foram apurados a partir de 97, 3 por centro das mesas de voto fechadas, sublinhando que a margem é suficiente para que esta seja a última sessão de resultados provisórios porque não haverá alterações substanciais aos resultados finais.

Assim, apesar de poder haver ligeiras alterações, porque ainda faltam 2,7% das mesas de voto por apurar, o MPLA fica com 51,7 por cento dos votos, com 124 deputados eleitos, a UNITA, com 44,5 por cento, com 90 deputados eleitos, o PRS, 1,13, com dois deputados, FNLA 1,05%, com dois deputados, o PHA, 1,01%, com dois deputados.

A CASA-CE e não elege qualquer deputado.

Lucas Quilundo, na terceira e última actualização da contagem nacional da votação de quarta-feira para divulgação dos resultados provisórios - os definitivos deverão ser conhecidos dentro de uma semana -, disse, ainda antes do anúncio dos resultados, que não vai responder a quaisquer perguntas dos jornalistas.

Explicou ainda que a escassa interacção com os jornalistas ao longo do dia aconteceu porque isso quebraria o acordo definido previamente.

Informou igualmente que também agora não haverá lugar a perguntas por parte das dezenas de jornalistas nacionais e estrangeiros presentes na sala do Centro de Imprensa Aníbal de Melo porque à CNE "compete anunciar os resultados e não comentá-los", justificou.

Este resultado consubstancia um crescimento muito robusto das UNITA face aos resultados de 2017, o que compreende uma derrocada eleitoral do MPLA, apesar de o partido que governa Angola desde 1975 manter a maioria absoluta.

Com esta maioria absoluta, o partido mantém o poder de aprovar legislação sem precisar da oposição, mas perde a maioria qualificada que manteve até aqui, o que lhe permitiria proceder a alterações à Constituição contando apenas com o seu grupo parlamentar.

Todavia, com 124 deputados, em 220, o MPLA vê a oposição crescer largamente no hemiciclo, que passa a contar com 96 eleitos, sendo 90 do partido do "Galo Negro", e seis repartidos igualmente pelo PRS, pela FNLA e pelo Partido Humanista de Angola, da única mulher a encabeçar uma lista de candidatos nestas históricas eleições em Angola, as 5ªs da sua história e as 4ªs depois da guerra ter acabado, em 2002.

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