Morro Bento bairro nobre, mas pobre há décadas no acesso à água 
Habitantes dizem não entender as razões do esquecimento deste bairro nobre nas estatísticas de distribuição da EPAL, que, no entanto, não consegue precisar a data do fim do problema. Enquanto a situação continuar, os kupapatas continuarão a ser os bombeiros da população.

Moradores do Morro Bento, no distrito da Samba, em Luanda, continuam a sonhar com água potável nas suas residências, várias décadas depois do surgimento do bairro. E, entre o sonho e a realização, as motorizadas de três rodas, conhecidas por "kupapatas", e os camiões-cisternas vão fazendo a vez da Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL), mediante cobrança de somas avultadas.

Carregados com mais de 20 bidões de 20 ou 25 litros e cisternas com pelo menos 20 mil litros de água, os automobilistas ultrapassam as diferentes formas de relevo e rasgam as ruas asfaltadas do bairro para vender o líquido incolor e inodoro à população.

Segundo residentes, a água vendida aos moradores do Morro Bento pelos "kupapateiros" é proveniente da zona do Antigo Controlo e do bairro Mabunda, daí que um bidão de 25 litros chega a custar até 100 kwanzas. Já dos camiões-cisternas, comercializados, dependendo da capacidade, ao preço de até 28 mil Kz, a água é proveniente dos Centros de Distribuição (CD), as famosas "Girafas", dos vizinhos bairros Rocha Pinto, Talatona e Benfica.

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