Segundo informações de moradores da rua Nicolau Gomes Spencer, onde Noé pernoitava ao relento, a mulher acolheu o jovem, depois deste ter estado doente, assistido clinicamente, na quinta-feira, no Hospital do Prenda, onde foi diagnosticado paludismo, e recebido alta no dia seguinte.
Até a noite de sexta-feira, o jovem fazia a medicação em casa da mulher, no bairro Maculusso, em Luanda, mas esta foi surpreendida, na manha de ontem, com o morador de rua sem vida quando o tentou acordar para fazer a toma dos comprimidos.
Ontem, uma equipa do Serviço de Investigação Criminal (SIC) removeu o cadáver para a Morgue Central de Luanda, enquanto a proprietária da casa onde morreu o jovem foi já ouvida pelas autoridades policiais.
Os moradores ouvidos pela equipa do Jornal de Angola explicaram que Noé era querido na zona, mas o seu grande defeito era a forte ligação com o consumo de bebidas alcoólicas.
"Ele dependia de nós, na maioria das vezes, para comer qualquer coisa digna. Caso algum vizinho não o alimentasse, ele só bebia e usava drogas e não comia. Mas, era um jovem bom e sem problemas com a vizinhança”, realçam os moradores.
Neste momento, os vizinhos asseguram que encetarem contactos com uma prima do jovem Noé, que vive na província da Lunda-Norte, de onde terá fugido, por maus-tratos, supostamente, protagonizados pela madrasta.