O Ministério Público português abriu um inquérito, através de denúncia feita pela banca à Polícia Judiciária (PJ), suspeitando branqueamento de capitais por parte de João Baptista Borges.
Segundo a TVI, o sobrinho do ministro e vários elementos da família estarão envolvidos em negócios ligados ao sector da energia que renderam vários milhões. O documento a que a fonte teve acesso, a chinesa Hong Kong Yongda Holding subcontratou uma empresa, a Diverminds, para apoio técnico em contratos públicos no sector da Energia, em Angola, por quase 1 milhão de euros. Empresa que é do sobrinho e de um dos filhos do ministro João Batista Borges.
Em Portugal, existe uma outra empresa, exactamente com o mesmo nome desta offshore: Diverminds. Também ela em nome do sobrinho do ministro, diz a investigação. Na constituição da Diverminds Unipessoal, pode ver-se que o gerente é o sobrinho, Ricardo Borges. A empresa tem sede em Lisboa e abriu actividade em 2018.
De acordo com a TVI, Ricardo Borges tem mais empresas. Uma delas é Plurienergia, conseguiu negócio com a Ambergol, Ambiente e Energia de Angola, por 500 mil euros, pagos em quatro vezes e enviados directamente para uma conta em Portugal.
O sobrinho do ministro abriu mais duas empresas offshore, exactamente com o mesmo nome, nos Emirados Árabes Unidos: a Plurienergia Limited e a Plurienergia DWC.
A investigação revela também que o ministro João Baptista Borges abriu uma empresa offshore com um dos filhos, estando já em funções no governo angolano, e deu como morada um apartamento em Lisboa. Outrossim, descobriu o nome do ministro angolano da Energia na constituição de uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas, quando já estava em funções no governo.
João Baptistas Borges é o único ministro da era José Eduardo dos Santos que exerce funções na governação de João Lourenço.