Ministério da Educação não respeita greve dos professores e ameaça com descontos salarial
O Ministério da Educação (MED) orientou as delegações provinciais da educação a procederem ao desconto salarial correspondente aos dias da paralisação aos professores que aderiram à greve. O Sindicato Nacional dos Professores (SINPROF) considera a medida ameaçadora, mas diz que os professores estão preparados e que a greve é um facto.

A segunda fase da greve dos professores do ensino geral tem início esta terça-feira, 06, em todo o território nacional e o SINPROF assegura que nunca foi intenção dos professores prejudicar o andamento do processo de ensino e aprendizagem em Angola, garantindo que continua aberto ao diálogo.

Apesar da greve anunciada, vários alunos compareceram nas instituições escolares para verificarem se há ou não greve dos professores, mas regressaram a casa.

O Ministério da Educação orientou as delegações províncias a "procederem ao desconto salarial correspondente aos dias da paralisação aos professores que aderiram à greve e a encontrar formas de garantir a continuidade das actividades lectivas recorrendo à boa vontade dos professores e agentes educativos que não aderiram à greve".

Ao Novo Jornal, o secretário-geral do SINPROF, Admar Junguma, disse que o critério dos descontos determinado pelo MED é legal, mas sempre foi contornado no processo de negociações.

"Quando há negociações que produzem acordos, em sede do acordo é possível acautelar o não desconto. Quando não há, não é possível acautelar isso. Mas sabíamos que essa questão dos descontos seria usada como medida retaliativa, nós sensibilizámos os nossos professores no sentido de estarmos preparados para isso. Felizmente os professores estão preparados", contou, avisando que os professores não vão esmorecer.

"Não é pelo desconto salarial que os professores vão abdicar da greve. Ela é um facto", disse, assegurando que o SINPROF continua aberto ao diálogo com o MED.

Admar Jinguma diz que enquanto não houver interesse da parte do Governo para as negociações, a greve que hoje teve início irá até ao próximo dia 12, o que pode comprometer a realização das provas do 1º trimestre.

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