Foi o casal que, a 14 deste mês, fez a participação do desaparecimento da sobrinha na esquadra da Polícia Nacional (PN), no piquete do Serviço de Investigação Criminal (SIC) e em alguns órgãos de comunicação social, mas, afinal, a criança tinha sido "morta pela esposa do tio, e enterrada pelo casal", informou ao Novo Jornal o director do gabinete de comunicação do SIC-Luanda, superintendente-chefe Fernando de Carvalho.
"Quando o marido regressou a casa, a mulher explicou o sucedido, e, para ilibar a esposa do crime, enterraram a criança no quintal da habitação e lançaram o grito de socorro pelo sumiço da menor", descreveu.
Fernando de Carvalho salientou que os peritos do SIC-Luanda, através do Departamento Municipal de Belas, não ficaram satisfeitos com o depoimento apresentado pelo casal, o que motivou uma investigação.
"Deslocaram-se à residência do casal e visitaram alguns compartimentos. No local, após algumas escavações, foi possível confirmar a presença de um cadáver do sexo feminino. A clarificar a situação requereu-se a presença dos peritos do Laboratório Central de Criminalística (LCC), colocados no Departamento de Medicina Legal (DML), que, depois da exumação da cadáver, confirmaram tratar-se do corpo da menor que em vida se chamou Madalena Agostinho", explicou.
Ambos os elementos do casal ficaram em prisão preventiva e vão responder por crimes de agressão física, maus tratos, homicídio doloso e ocultação de cadáver.
Comentários