Marcolino Moco «culpa» José Eduardo dos Santos
O antigo Primeiro-Ministro de Angola, falava numa palestra sobre ética e discurso político e fez duras criticas ao actual, e ao antigo presidente de Angola.

O antigo primeiro-ministro de Angola, Marcolino Moco, diz que o actual modelo de combate à corrupção e impunidade levado a cabo pelo Presidente João Lourenço é "injusto".

Moco, que falava numa palestra sobre Ética e Discurso Político, afirmou que se deve encontrar um mecanismo jurídico ou político que se assemelhe ao que se passou na África do Sul.

 Acrescentou que o que se está a fazer agora é mais vingança do que justiça e afirmou haver a percepção de arbitrariedade, pois “hoje é o (Augusto) Tomás, amanhã o general Zé Maria”.

"Quando eu olho para a decisão do caso Conselho Nacional de Carregadores (CNC) concluo que se está a vingar do Tomás ou é bode expiatório de todos os problemas que houve porque o Zenu já saiu, o amigo dele já foi embora, Norberto Garcia ja saiu, é injusto que onde comeram todos só uns é que pagam", sublinhou.

O antigo primeiro-ministro concordou que há "responsabilidade individual nos últimos 15 anos”.

“Por exemplo, o antigo Presidente foi o maior responsável porque foi ele quem introduziu a necessidade da acumulação primitiva do capital, só que acabou por ser feita por um grupo restrito ligado a ele, incluindo os seus filhos e os demais o acompanharam", concluiu Marcolino Moco.

Marcolino Moco, foi também o primeiro secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) entre 1996 e 2000.

Fonte: VOA

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