Malária mata 400 pessoas em 120 dias em Benguela
A confirmação foi dada esta terça-feira, pelas autoridades sanitárias de Benguela, dando conta que a província registou mais de 400 mortes por malária em três meses, estando os casos associados à proliferação de focos de lixo nas principais cidades.
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A província de Benguela, registo nas últimas três meses, cerca de 400 mortos. As informações relativas ao mês de Abril deverão ser apresentadas em breve, numa comuna afectada por um surto que deixa acamado um número superior a cem pacientes.

O Programa da Malária, por intermédio de Manuel Cassiano, sob lema “Acabar a Malária para Sempre’’vem manifestando preocupações, quando se sabe que as operadoras de recolha de lixo estão inoperantes.

‘’Ainda temos muito trabalho pela frente, já que a possibilidade de multiplicação do vector está no saneamento básico. Em trabalhos de campo, vimos que aqui na Ganda há uma comuna com mais de cem pacientes. Tivemos de enviá-los para o hospital municipal, em estado grave’’, realça Cassiano.

Excertos da realidade numa província que registou mais de 400 mortes no primeiro trimestre deste ano, cifra que representa, segundo fontes do sector, um aumento ‘’assustador’’.

"Poderemos ter, se analisarmos a população, mais de 11 mil casos de cólera no nosso município. Necessitaremos, por isso, de um aumento do número de camas nos hospitais", acrescentou.

Por outro lado, o governador de Benguela, tem lamentado a falta de recursos para as empresas que deveriam estar a tratar dos resíduos sólidos, não perde uma única oportunidade para tocar no assunto.

"Estamos neste momento com sérios problemas na recolha do lixo. Às vezes, o lixo é colocado mesmo na via pública, para que o governador não tenha desculpas e diga que não viu. Mas vamos tentar recolher aos poucos’’, admite Isaac dos Anjos, governador de Benguela.

VOA

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