Mais de 60 mil casos de paludismo registado em Cabinda
A província de Cabinda registou no primeiro trimestre deste ano, mais de 60 mil casos de malária, o que preocupa as autoridades sanitárias locais.

"O aumento do lixo e a falta de saneamento básico na província favorece a reprodução dos mosquitos, por esse motivo muitas pessoas principalmente as crianças estão a ser afectadas com essa epidemia", disse Fernando Cuico.

Os números relativos à situação da malária em Cabinda foram divulgados pelo chefe de departamento de saúde pública e controlo de endemias da Secretaria Provincial da Saúde, José Fernando Cuico, por ocasião do Dia Internacional da Malária, anualmente registado a 25 de Abril, relatou Angop.

Segundo o coordenador adjunto do Programa Nacional de Controlo da Malária, Rafael Dimbo, citado na Angop, estes números, representam um agravamento da situação desta doença em Cabinda, contrastam com uma melhoria registado no país, onde foram registados, no primeiro trimestre deste ano, menos 524 mil casos confirmados que em igual período de 2016, onde tinham sido anotados 1 392 000 casos.

Os números nacionais levaram mesmo Rafael Dimbo a sublinhar que a situação actual da malária em Angola é satisfatória, apesar de esta ser a doença que mais pessoas mata anualmente no país, tendo em 2016 ceifado mais de nove mil vidas, tendo este já vitimado mais de 2 900 pessoas, cerca de 4 200 em 2016.

De acordo com Rafael Dimbo, Malange, Kwanza Sul, Bengo e Benguela, apresentaram o maior número de casos diagnosticados e quanto a óbitos as três últimas registaram os números mais elevados. Huambo e Kuanza Norte surgem no topo da lista das províncias onde foram verificados mais aumentos de casos, estando a monitorização da situação a ser feita pelo Programa Nacional de Controlo da Malária.

Nos primeiros três meses de 2016 morreram 30 pessoas vítimas de malária e este ano, no mesmo espaço temporal, a doença já ceifou a vida a 40 pessoas. Portanto, o responsável alertou as famílias a usarem medidas de prevenção, como a capinagem nos arredores das residências, combater as águas estagnadas e tapar os recipientes de água de modo a evitar a reprodução dos mosquitos, porque o paludismo é uma doença endémica em Cabinda e só uma profilaxia eficaz pode levar a uma diminuição destes número.

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