Justiça de joelhos: Funcionários da PGR e tribunais manifestam em todo país
Os funcionários dos tribunais e da Procuradoria-Geral da República (PGR) ponderam manifestar-se nos próximos dias) em todo o País para exigirem melhoria de condições laborais e aumento salarial. A falta de diálogo com a entidade patronal é um dos motivos dos protestos.

As organizações sindicais dos oficiais de justiça e da PGR asseguram não haver respostas satisfatórias sobre as reivindicações apresentadas ao Executivo.

Os técnicos de Justiça e administrativos da Procuradoria-Geral da República, assim como os oficiais de justiça, destacados nos tribunais comuns e da relação, reclamam há anos pela revisão do estatuto remuneratório, a promoção na carreira e melhores condições laborais.

Segundo estas organizações sindicais, mesmo com as greves realizadas, os problemas não são atendidos, e lamentam a falta de vontade do Executivo em resolver os problemas.

"Fizemos greves e não tivemos sucesso. Estamos agora a ponderar realizar uma marcha de protesto, em todo o País, porque as coisas não vão bem para nós", disse um responsável sindical, que preferiu não ser identificado.

Conforme este trabalhador, os funcionários dos tribunais e da PGR não estão satisfeitos com as condições laborais e salariais.

Um responsável ligado ao Sindicato dos Oficiais de Justiça de Angola (SOJA), que também preferiu anonimato, confirmou os preparativos para a realização dos protestos o próximo mês.

"De momento não lhe posso adiantar mais elementos, porque ultimamos os acertos, o que é verdade é que a manifestação dos funcionários e oficiais de justiça dos tribunais sai em Fevereiro", confirmou.

Elias Pinto, secretário-geral do Sindicato Nacional dos Técnicos de Justiça e Administrativos da PGR, confirmou a intenção da marcha e assegurou que só irá ocorrer por vontade da falta de respostas das entidades patronais.

O sindicalista da PGR lamentou o facto da Procurador-Geral da República, Hélder Pitta Gróz, nunca os ter chamado para dialogar e resolver o problema há muito exposto.

Na semana passada, o procurador-geral da República disse à Assembleia Nacional que a PGR debate-se com exiguidade de verbas para executar condignamente o seu trabalho.

Respondendo às preocupações dos deputados, no quadro da discussão do Orçamento Geral do Estado (OGE) 2023, Hélder Pitta Groz disse haver uma grande disparidade de verbas entre a PGR e os tribunais.

Já o SOJA diz existir um silêncio do Conselho Superior da Magistratura Judicial sobre as suas reivindicações.

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