Os impulsionadores de leitura explicam que o projecto que tem menos de duas semanas, surgiu de uma pequena ideia quando estes comercializavam cigarros por aquelas artérias de Luanda.
"Estávamos a vender de baixo da pedonal, vínhamos com os nossos manuais, e no momento que vendíamos, líamose fazíamos algumas discussões sobre o manual que líamos. A situação despertouinteresse de outras pessoas”, afirmou Arante Kivuvu.
De acordo os mesmos, o projecto tem vindo a receber boa aceitação por aqueles que no outrora acorriam ao recinto para fumar ou beber whisky. Chegando mesmo a perder as contas de quantos tiveram contactos com os 400 livros doados pelos seus parceiros.
"Se as pessoas antes vinham para a ponte apenas para fumar um cigarro, beber whisky ou fazer coisas menos boas, hoje vêm e encontram livros como alternativa", disse Dago Nível.
Para atender a procura daqueles que não têm formas de se movimentar face as restrições exigidas pela pandemia, as intenções passam agora por espalhar a iniciativa aos demais municípios da província de Luanda e a posterior às demais províncias.
"Nesse momento, estamos a receber muitas solicitações,como no Camama, Rangel, Sambizanga, no Namibe, na Huíla, há pessoas que estão também com intenção de criar a biblioteca despadronizada. A nossa responsabilidade está a ser acrescida. Não idealizamos um projecto como tal,mas agora há necessidade disso", frisou Arante Kivuvu.
Fonte: Lusa