
A jovem Marta Domingos deu entrada na sexta-feira, às 17 horas, ao hospital com sintomas de covid-19, os médicos levaram-na numa sala isolada, onde ficou juntamente com a avó.
Por volta das 20 horas a jovem teve dificuldades respiratórias grave, a avó correu em busca de socorro de médicos. Posto na sala de urgência, o médico em serviço recusou socorrer a jovem por alegada falta de material de biossegurança. A jovem não resistiu e veio a falecer.
Passados quatro dias desde o falecimento, a família não realizou o funeral. O corpo da vítima encontra-se na morgue do hospital, contrariando as normas de procedimento de cadáveres infectados de covid. Que é, entretanto, realizar o funeral em 24 horas.
Até ao momento a família não sabe a real causa da morte, tão-pouco os médicos do hospital.
Em declarações à rádio Luanda, o director do hospital, Luís Domingos, disse o hospital não deu tratamento adequado por falta de meios que, por sua vez, impediram transferir a doente para o hospital de campanha do Calumbo ou da Zona Económica Especial.
Recentemente, num despacho, o Ministério da Saúde orientou todas as unidades hospitalares de referência a nível do país a criarem condições para acolher doentes com covid-19, quando se prevê o registo de 45 mil infectados até em Setembro.
Angola regista nesta altura 41 mortes por covid, 950 infectados, 242 recuperados e 667 activos.