Jovem preso por recusar-se a casar com a filha da vizinha
Segundo apurou o Na Mira Do Crime, a acusação é de Rosa Chata, mãe da menina, numa altura que um desentendimento entre ambos, no caso concreto dona Rosa e o jovem Daniel perdura há sensivelmente oito meses.

P U B L C I D A D E

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Informações adicionais dão conta que a vizinha cismou que o menino ao lado se terá envolvido sexualmente com sua filha no mês de Fevereiro de 2019. Mas para o espanto de tudo e todos, apenas em Maio do mesmo ano, foi tirar satisfações a senhora Marcelina Manuel, mãe do jovem, insinuando que o filho desta tinha desonrado a sua filha.

“Ela alegava que houve coito entre os meninos e para não ver a honra da sua filha manchada, a solução era apenas que os jovens ficassem unidos num laço marital”, explicou Marcelina Manuel.

Sem ver a sua intenção correspondida, Rosa Chata partiu para a denúncia na esquadra da Bela Vista no mês de Maio.

Como quem não deve não teme, o jovem Daniel Panquila, notificado pela Polícia, fez-se presente.

Na esquadra policial, negou todas as acusações que sobre si, recaiam. Ali, diante de tal situação, os agentes do Serviço de Investigação Criminal recorreram à acareação entre o acusado e a vítima no sentido de ver quem, de facto, estava a faltar com a verdade.

“Feita a acareação, o instrutor do processo remeteu o processo ao Laboratório de Criminalística para comprovar a acusação”, realçou a mãe.

Enquanto se aguardava pelo resultado dos exames laboratoriais, eis que no dia 7 de Novembro do ano transacto, uma viatura policial, efectuou por volta das 4 horas, a busca do jovem, exibindo um mandado de captura, “tendo acabado por ficar detido uma semana na esquadra da Bela Vista”, garante a senhora.

Sem seguir os trâmites de uma detenção legal, como, por exemplo, ser ouvido por um procurador na divisão de Polícia local para ver legalizada a sua detenção, já que quando foi notificado mostrou-se sempre disponível a colaborar com a Polícia para ver o seu nome ilibado de um crime que, jura de pés juntos, não ter cometido, depois de uma semana o jovem acabou transferido para a Comarca de Viana.

Como se de um criminoso altamente perigoso se tratasse e sem julgamento sumário, Daniel Panquila, por uma unha negra, dois dias depois, é encaminhado a Comarca de Calomboloca.

Não se tratando de um crime de homicídio voluntário ou em flagrante delito, os familiares do jovem professor estranham a celeridade com o que o caso teve, na medida que num espaço de 10 dias, o jovem saiu da esquadra local da Bela Vista para o Calomboloca, sem, no entanto ter passado pela Divisão de Viana.

“Aliás, os familiares alegam mesmo que o mandado foi apenas mostrado às pressas, sem, no entanto, terem deixado qualquer cópia, no sentido de haver alguma irregularidade a família ter um documento que faça fé de que era, de facto, um documento legal”, denuncia Marcelina Manuel, para depois dizer que o encaminhamento do filho à cadeia de Calomboloca é vista pelos mais próximos como se de um rapto se tratasse, em função do desenrolar pouco comum, para um caso supostamente de violação.

“Causa-nos de facto estranheza como um caso que ainda não foi esclarecido na esquadra vai logo parar no Calomboloca. É muito estranho, principalmente porque o meu filho nem sequer foi julgado”, queixou-se a senhora que alega ter sido obrigada a abandonar, por algum tempo, a sua residência por temer represálias.

E nisto, acrescenta, “indivíduos bem direccionados assaltaram-me a casa com o propósito de encontrar algo do menino. Vasculharam o quarto do Daniel, levaram alguns documentos dele, fotocópias do B.I e para disfarçar levaram também uma TV plasma que estava na sala”, explicou para depois dizer que, o que os supostos marginais não conseguiram levar acabaram por partir.

Fontes do Na Mira do Crime dão conta que já houve tentativa de negociação por parte da mãe da jovem Neyde, tendo na ocasião, utilizado o instrutor do processo, que pediu 50 mil kwanzas para ver o caso arquivado.

E mais: “Hoje por hoje a Neyde já fala que houve penetração, o que anteriormente não dizia. De uma coisa temos a certeza: ela está a ser instrumentalizada pela própria mãe”, acusaram.

Ainda assim, Marcelina Manuel e a família acreditam na inocência do filho e garantem que o jovem Daniel está a sofrer injustamente “por capricho de uma vizinha que cismou ver a filha casar-se com o meu filho”, sustentou, para mais adiante confessar que passado esse tempo todo, a vizinha parece estar a cair no arrependimento, em função do que vai desabafando com as vizinhas que “fizeram-me chegar os comentários dela sobre o assunto”.

O Na Mira do Crime tentou, por três dias, via telefónica, o contacto com Rosa Chata. No dia, hora e local combinado, quando parecia que falava aos nossos microfones, a senhora desligou o celular.

Contactada a advogada de Daniel Panquila esta foi peremptória em afirmar que houve, de facto, graves atropelos a lei e considera mesmo detenção do jovem ilegal. Por este facto, está a trabalhar no sentido de conseguir a liberdade do seu constituinte.

Fonte: NMC

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