Jonce Neto, o falso agente do SIC que criou fortuna com burlas e ostentava vida de luxo - O detido era promotor de vários grupos de prostituição nas redes sociais
Passava grande parte dos dias na Vila de Viana e no distrito Luanda Sul, onde praticava os actos ilicitos há muitos anos. Joel Baco Neto, de 28 anos, mais conhecido por Jonce Netomas, tinha outro passatempo. Traficava droga e burlou centenas de mulheres a quem prometeu ingresso no Serviço de Investigação Criminal (SIC) e Serviços Prisionais (SP).

O agora detido, a quem não é conhecida qualquer profissão, residia no município de Viana e ostentava uma vida desafogada. Sem rendimentos fixos, morava sozinho numa boa casa, tinha três garagens e quatro carros, três deles de alta cilindrada, fios e mascotes de ouro, relógios luxuosos e uma discoteca no distrito Luanda Sul, denominada "MC Fashion", onde realizavas diversos eventos, com mulheres nuas e drogas à mistura.

O homem, segundo a acusação do Ministério Público (MP), criou a "3º temporada dos amigos habilidosos de Jonce Neto", um grupo de prostituição no Facebook onde burlou diversas mulheres com a promessa de enquadrá-las no Serviço de Investigação Criminal, Polícia Nacional e Serviços Prisionais, refere o MP, salientando que o acusado também é "líder de um grupo de prestação de serviços e venda de carros".

O cenário da droga não foi levado para cima da mesa pelo SIC-Geral, de acordo com fonte contactadas pelo Novo Jornal, no acto da apresentação do suspeito à imprensa, na companhia dos seus dois comparsas, na manhã desta terça-feira.

O criminoso era investigado há vários meses. A vida desafogada levantou suspeitas, bem como as "constantes actuações" como agente do SIC-Geral em diversas empresas com falsos mandados de capturas e de apreensões.

"Era nos seus potentes carros que o suspeito ostentava o luxo em vários pontos de Luanda, sobretudo em Viana, onde adquiria a droga, que depois vendia a traficantes locais".

O director nacional de comunicação institucional e imprensa do SIC-Geral, superintendente de investigação criminal Manuel Halaiwa, argumentou que ainda não sabem ao certo os números de vítimas burladas por Jonce Neto, "o falso agente do SIC que circulava armado e procedia à detenção de diversos cidadãos com ameaças de morte".

O SIC-geral tenta agora perceber a extensão dos crimes e a possibilidade de existirem mais burladores e traficantes. O homem foi esta quarta-feira conduzido para a cadeia da comarca de Viana.

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