João Lourenço e Adalberto Costa lutam nas redes sociais
As redes sociais Facebook e Twitter foram os palcos escolhidos pelos lideres do MPLA e da UNITA para fazerem prova de vida e dizerem ao País que estão na luta.

O presidente do MPLA, e da República, João Lourenço, foi hoje ao Twitter, perto das 12:00, dizer que "o MPLA saiu ontem (Sábado) à rua, para comemorar a vitória do penta", pede que se aguarde "serenamente pela decisão do Tribunal Constitucional", para, depois, ser organizada "a segunda festa, a cerimónia de investidura e os actos que se seguem".

E termina com a mais popular de todas as saudações no País: "Angolanos, estamos juntos".

Quase à mesma hora, mas no Facebook, João Lourenço veio mostrar-se em pose informal, numa fotografia feita, possivelmente, numa varanda do Palácio, lembrar que "está um domingo de sol luminoso, alegre".

Aconselha: "Que todos o saibamos aproveitar, retemperando energias e boa disposição para a semana laboral que amanhã começa".

E diz saber que "há muito a fazer pela Pátria" que todos amam e "está sempre em primeiro lugar", deseja "boa saúde a todos" e "muito exercício físico", garantindo que já fez a sua "sessão matinal para amanhã estar em forma" e continuar a fazer o que mais o "inspira e anima: trabalhar para o bem-estar e a felicidade dos angolanos, todos sem distinção!".

Coisa que Adalberto Costa Júnior que impedi-lo de continuar a fazer, considerando os recursos que a UNITA fez chegar ao Tribunal Constitucional, que acumula com as funções de Tribunal Eleitoral de última instância, que este Domingo, 04, deverá dar a conhecer a sua decisão sobre o recurso que lhe foi levado na quinta-feira, 01, pelo partido do "Galo Negro".

No Sábado, nesta "guerra" de mensagens nas redes sociais entre os líderes dos dois maiores partidos angolanos, Costa Júnior veio dizer, no Twitter, que espera que "o Tribunal Constitucional aceite a Providência Cautelar" que a UNITA interpôs para que "a verdade dos votos prevaleça e mostre ao Povo Angolano que o Mpla não ganhou as eleições".

Ainda no Sàbado, o presidente da UNITA divulgou na sua página no Facebook um vídeo onde mosra a entrega de pastas com actas síntese com as quais pretende provar que os dados divulgados pela CNE estão errados, como tem vindo a dizer.

Segundo deu a conhecer a UNITA, esta providência cautelar, que é um processo distinto do recurso que entrou no TC na quinta-feira, visa dar como nula e ineficaz a acta de 28 de Agosto onde o presidente da CNE divulgou os resultados definitivos e que, ao mesmo tempo, a CNE seja obrigada pelo "Tribunal Eleitoral" a voltar alguns passos atrás de forma a dar cumprimento às acções de protesto, que lhe foram negadas, do mandatário da UNITA na Comissão durante a fase de elaboração da derradeira acta onde estão plasmados os números que deram a vitória ao MPLA por maioria absoluta.

Entre outros protestos do mandatário da UNITA está a alegada recusa da CNE, onde o MPLA e as instituições do Estado contam com uma maioria de representantes, de aceitar que os seus protestos fossem lavrados na acta.

E é por esta razão que o presidente da UNITA, que já veio a público garantir que o seu partido "ganhou as eleições, embora não tenha ainda mostrado quaisquer provas disso - embora tenha entregue essas alegadas provas no TC -, nomeadamente as actas síntese que tinha em sua posse, veio, na sexta-feira, 02, dar um recado aos juízes do TC, lembrando que eles também são angolanos e devem "pensar como querem ficar na história"

"O Tribunal Constitucional é composto por angolanos como nós. Cabe aos seus juízes decidirem como ficarão na história. Responsáveis por uma fraude que altera os resultados eleitorais ou os que escolheram a democracia, a honestidade e a vontade da maioria dos seus irmãos angolanos", disse, em tom de interrogação, no Twitter o líder do partido do "Galo Negro".

Todo este processo ficará concluído se o Tribunal Constitucional não der provimento às iniciativas da UNITA, cujo prazo termina este Domingo, 04, porque o prazo limite para darem entrada no TC eram 72 horas após a divulgação dos resultados finais, o que sucedeu na quinta-feira, e o TC dispunha, então, de 72 horas para se pronunciar, o que deverá estar terminado a meio da tarde de hoje..

Quaisquer eventuais protestos de rua estão a ser visivelmente antecipados pelas forças de segurança, como se pode observar pela presença massiva de agentes das várias unidades de resposta da Polícia Nacional, que tem largas centenas de homens nas principais artérias de Luanda enquanto algumas das suas unidades especiais, desde logo a Polícia de Intervenção Rápida PIR) e a sua nova Brigada Patrulha (BP), estão estrategicamente posicionadas com meios pesados nas várias unidades da PN.

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