JLO escolhe Luanda para arranque da campanha, Adalberto Costa Júnior optou por Benguela
O MPLA e a UNITA, os dois maiores partidos nacionais, escolheram a véspera do arranque oficial da campanha eleitoral para as eleiçes de 24 de Agosto, sábado, para dar um sinal do que vai ser o tom e o ritmo da campanha que tem oficialmente início no domingo.

Em Benguela, Adalberto Costa Júnior, o cabeça de lista da UNITA e candidato à Presidência da República pelo partido do "Galo Negro", e em Luanda, João Lourenço, que volta a candidatar-se pelo MPLA, encabeçando a lista dos "camaradas", vão mostrar as linhas de força dos 30 dias de intensa disputa política e deixar um sinal da força das suas máquinas eleitorais.

O MPLA e o seu líder irão realizar o seu comício no Camama, no município de Talatona, às 10:00, enquanto a UNITA escolheu o aeroporto 17 de Setembro, no Bairro 70, em Benguela, para, às 14:00, dar início à abertura nacional da campanha eleitoral.

Em Luanda, a máquina eleitoral do MPLA está há vários dias a mobilizar professores e as igrejas para participarem no comício deste Sábado, no Camama, soube o Novo Jornal de pessoas ligadas à educação e às igrejas.

Já em Benguela, Adriano Sapiñala, o primeiro secretário do "Galo Negro", recebe esta sexta-feira o seu líder, Adalberto da Costa Júnior, na rotunda do Caminhoneiro, no município do Lobito, território que o candidato do MPLA, João Lourenço, prometeu, em 2017, caso fosse eleito Presidente da República, transformar na "Califórnia" de Angola.

A UNITA tem apostado, em praticamente todas as intervenções de Adalberto Costa Júnior, na ideia de que o País vive um amplo movimento, "imparável", para a alternância, ao fim de 47 anos de governação do MPLA.

A "inevitável" conquista do poder pela UNITA nestas eleições deve ser, de novo, este Sábado, a aposta como mensagem mais forte do aguardado discurso do líder do maior partido da oposição desde as primeiras eleições em Angola, em 1992.

O secretário-geral da UNITA, Álvaro Daniel, não tem dúvidas de que estás eleições serão " fortes" mas acredita na vitória do seu partido neste pleito.

Já o MPLA, através do seu porta-voz, Rui Falcão, disse está quarta-feira, na província do Bengo, que a UNITA "vai continuar a sonhar muito tempo" para conquistar o poder político em Angola.

Falando à Rádio Ecclésia, em reacção às acusações do secretário provincial da UNITA no Bengo, Moniz Alfredo, segundo as quais, as promessas feitas há cinco anos pelo Presidente do MPLA, João Lourenço, para melhorar esta região, não foram cumpridas.

Segundo o porta-voz do MPLA, o Executivo liderado pelo Presidente da República, João Lourenço, executou muitas obras que beneficiam a população do Bengo.

E o trabalho feito, as dificuldades que o País e o mundo viveram nesta legislatura, desde logo a pandemia da Covid-19 e, mais recentemente, a guerra na Ucrânia, com todo o esforço exigido para vencer os desafios inerentes, deverão voltar a ser a tónica dominante do discurso de João Lourenço.

O candidato do "M" tem igualmente feito um esforço permanente para justificar a aguardada vitória eleitoral com o trabalho de convencimento dos eleitores feito pela máquina partidária do MPLA nas 18 províncias angolanas e na diáspora.

Ambos os partidos têm conseguido grandes ajuntamentos populares para as suas iniciativas de pré-campanha onde os seus líderes se deslocam, o que alguns analistas consideram ser um sinal de que se vai observar uma eleição disputada voto a voto no dia 24 de Agosto.

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