Hoje: Estudantes manifestam contra elevados preços das propinas
Os estudantes marcham do largo das Heroínas até ao Ministério da Educação para exigir redução dos emolumentos e propinas.

A intenção dos estudantes era de protestarem em frente ao Ministério das Finanças, mas a Polícia Nacional (PN), à última hora, proibiu que os manifestantes ultrapassem o largo da Sagrada Família, como alternativa o MEA escolheu como novo local o Ministério da Educação.

Ao Novo Jornal, o presidente do MEA, Francisco Teixeira, explicou que este protesto vai servir para consolidar a exigência da "revogação" dos aumentos anunciados no decreto presidencial publicado em Maio de 2020.

Francisco Teixeira disse que o objectivo dos estudantes era chegar até ao Ministério das Finanças, mas as autoridades policiais os impediram sem justificação.

"A polícia diz que tem orientação superior e que não podemos passar o perímetro da Sagrada Família para baixo. Então ficamos no Ministério da Educação porque achamos não fazer sentido protestarmos no largo da Sagrada Família como as autoridades nos solicitavam", contou.

Nesta marcha de protesto, que o MEA quer "pacífica", nas restantes províncias, o destino dos estudantes são as respectivas sedes dos governos provinciais.

"Não podemos aceitar este permanente desrespeito pelos direitos dos estudantes com sucessivos aumentos das taxas aplicadas pelas escolas ", disse o líder do MEA, acrescentando que esta exigência tem como um dos principais pressupostos o facto de as instituições em questão, públicas e privadas, "em muitos casos não apresentarem condições mínimas que o justifiquem" ou ainda as graves dificuldades económicas que o País atravessa.

O MEA exige a revogação do decreto presidencial 124/20 de 4 de Maio, que agrava a subida das propinas e emolumentos nas instituições de ensino.

Para o MEA, a inexistência de condições nas instituições públicas e privadas é um dos motivos da precariedade do ensino em Angola.

Em Luanda, a marcha de protesto irá sair, segundo o líder do MEA, do largo das Heroínas até ao edifício sede do Ministério da educação, onde deverá ser lido um manifesto reivindicativo dos estudantes.

Polícia confirma alteração do percurso, mas não justifica as razões

Ao Novo Jornal, o porta-voz do Comando Provincial da Polícia em Luanda, inspector-chefe Nestor Goubel, certificou a alteração do percurso para o largo dos ministérios, onde fica o edifício sede do Ministério da Educação, mas não adiantou a razão da alteração.

"Foi pedido que se alterasse e nada mais do que isso. Apenas pedimos que alterassem o percurso inicial que eles haviam colocado no documento e que respeitem as normas do decreto Presidencial sobre calamidade pública", explicou.

De acordo com o porta-voz, a manifestação dos estudantes amanhã terá acompanhamento policial para a manutenção da ordem.

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