Generais responsáveis pela Casa de Segurança do PR e da UGP aguardados hoje em tribunal para serem ouvidos
Os oficiais generais requisitados como testemunhas e declarantes no julgamento do "caso Lussaty" pelo Tribunal de Comarca de Luanda são esperados esta segunda-feira, 26 na sala de audiência, naquele que é um dos momenrtos mais aguardados deste caso mediático.

O tribunal, disse ao Novo Jornal fonte do tribinal, agendou para hoje a presença dos generais Hélder Vieira Dias "Kopelipa", antigo ministro de Estado e Chefe da Casa Militar, Alfredo Tyaunda, ex-comandante da UGP, e José João "Maua", também antigo comandante da UGP, além de Cerqueira João Lourenço, que estava colocado na Casa de Segurança, onde era o nº2 de "Kopelipa".

A audição destas personalidades ligadas à Casa de Segurança do Presidente da República e da Unidade de Guarda Presidencial (UGP), disse ao Novo Jornal fonte do tribunal, pode definir um momento decisivo na procura da verdade neste julgamento.

Os generais requisitados como testemunhas e declarantes no processo não responderam a semana passada à solicitação da 3.ª secção criminal do Tribunal de Comarca de Luanda que pediu ao Tribunal Supremo (TS) a comparência destes generais responsáveis, à data dos factos, pela Casa de Segurança do PR e UGP.

Entre as testemunhas arroladas para serem ouvidos esta segunda-feira, estão os nomes dos antigos responsáveis da Unidade de Guarda Presidencial (UGP), Alfredo Tyaunda e José João "Maua", antigos comandantes da UGP, Luís Simão Ernesto, antigo financeiro da Casa de Segurança, e tido como o "barão" da rede de oficiais, o chefe de Estado Maior da USP, coronel Santos Manuel Nobre e o general Francisco Lombá Dias dos Santos, então secretário para os Assuntos de Interior e Polícia Nacional da Casa Militar.

Os nomes dos generais, Hélder Vieira Dias "Kopelipa", Serqueira João Lourenço (irmão do Presidente República), Eusébio de Brito Teixeira, João Chindande, e Inocêncio Yoba, também fazem parte lista de declarantes desde mediático julgamento cuja figura central é o major "milionário" Pedro Lussaty.

Na semana passada o tribunal começou a ouvir em interrogatório alguns declarantes, dois mais de 200, arrolados no processo.

Em tribunal, apenas o coronel Manuel Correia, ex-comandante UGP no Kuando-Kubango, confessou a sua participação em alguns dos crimes que pendem sobre si. Já os demais co-arguidos, entre os quais o major "milionário" Pedro Lussaty negam terem praticado qualquer ilegalidade e refutam acusação do Ministério Público (MP).

Recentemente, em acareação, Pedro Lussaty disse ser dono de muito dinheiro que acusação quer deixá-lo mal com os generais "Kopelipa", Dino e Eusébio de Brito.

O julgamento conhecido "caso Luassaty decorre há dois meses, no Centro de Convenções de Talatona, depois de já ter ficado suspenso por 30 dias.

Os arguidos são acusados de crimes de peculato, associação criminosa, recebimento indevido de vantagens, participação económica em negócios e abuso de poder e também de fraude no transporte ou transferência de moeda para o exterior do País, comércio ilegal de moeda, falsificação de documentos, branqueamento de capitais e de falsa identidade.

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