Para além dos 16 anos de prisão, os arguidos, Júlio Elias, Paulo Xange e António Segunda Fernandes, foram também condenados a pagar como indemnização, cada um, de dois milhões de kwanzas às vítimas.
Os assaltantes, agora condenados, que respondiam pelos crimes de abuso sexual a uma família e roubo qualificado, para além de abusarem da mãe e da filha, em frente do marido e de outros filhos, roubaram alguns bens da residência.
O tribunal deu como provada a acusação do Ministério Público (MP) e condenou-os a pena de prisão maior e no pagamento de uma taxa de justiça, cada, de 250 mil kwanzas.
A história arrepiante ocorreu no dia 02 de Março 2022, no bairro da zona Verde, município de Belas, quando cinco jovens armados forçaram a entrada numa residência e ameaçaram a família de morte, caso resistissem ao assalto.
No interior da residência, conta a acusação, os marginais prenderam o marido e a sua esposa, amarrando-lhes os braços e cobrindo-lhes os olhos.
Levaram-nos depois para fora de casa e obrigaram-nos a deitarem-se de barriga para baixo e informaram que haviam de recebido dinheiro de um vizinho para os matar e para que tal não acontecesse, o marido tinha que dar mais dinheiro do que o suposto vizinho que os contratou.
Como o esposo não cedia às chantagens dos marginais, estes espancaram-nos com varões de aço e pás.
Conta a acusação que dois dos marginais entraram para um dos quartos dos filhos e agarraram um menino de oito anos e pretenderam colocá-lo no interior de uma arca frigorífica em funcionamento, como forma de obrigar os pais a cederem à chantagem.
O MP conta que os malfeitores levaram a menina de 12 anos para a casa de banho e abusaram-na sexualmente com o resto dos familiares a ouvirem os gritos de socorro da pequena.
De seguida, pegaram na mãe, esta com medo de ver a sua família violentada, entregou aos malfeitores o valor de 50 mil kwanzas que tinha guardado em casa.
Não satisfeitos, os arguidos abusaram sexualmente da mulher em frente dos filhos e do marido.
Dos cinco marginais, dois encontram-se foragidos enquanto três foram detidos pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) no ano passado.