FIL a usurpação que fez milionário os intocáveis
Há treze anos que os verdadeiros accionistas da Expo-Angola, lutam para receber as instalações da FILDA à Matos Cardoso, que fez milhões com a empresa usurpadora FIL, com ajuda de pesos pesados do Governo angolano.

Tudo começou quando os accionistas da Sociedade Comercial,  criada em 1975, com autorização do Primeiro-ministro Fernando José de França Van-duném, lutava para tirar o empresário José Severino, como accionista maioritário da Expo-Angola, por não constar da lista de acccionistas.    

O grupo de accionistas conseguiu afastar Severino, ganhando a causa em Tribunal, isso em 2005, ano em que o juiz indica o advogado Matos Cardoso, como administrador judicial no caso Expo-Angola, durante três meses, até realizar-se a eleição de uma nova direcção, que não veio acontecer. 

Uma indicação que viria pôr os accionistas dum projecto onde investiram “tudo” para ter apoio do Governo Provincial de Luanda, Ministério da Indústria (instituição que cedeu as instalações da FILDA, no Cazenga) e outros, a falir.   

“Vocês querem que eu seja vosso empregado?! Vão ver o que vou vos fazer…”Dizia Matos Cardoso aos accionistas, sabendo o projecto daria milhões.

Fazendo vistas grossas ao rendimento da Expo, diz a fonte da Angola-Online, Matos Cardoso, foi fazendo contacto com “peixes graúdos” do Governo de José Eduardo dos Santos, e meses depois, ainda em 2005, aparece com um documento publicado em Diário da República e assinado pelo então Primeiro-ministro, Fernando da Piedade Dias dos Santos, actual presidente da Assembleia Nacional, alegando que é proprietário das instalações da FILDA. E em 2007, cria a FIL, sem consentimento dos accionistas da EXPO-Angola, legítimo proprietário da FILDA no âmbito da colaboração com o Estado, e passa a realizar as feiras. 

Consultado na altura pelos accionistas sobre atitude de má fé, Matos Cardoso arrogantemente respondeu: “Vocês deixaram voar o pássaro, agora o pássaro está lá em cima, vocês não vão conseguir apanha-lo.”

Indignados, os mais de quatro accionistas recorreram ao tribunal, mas, Matos Cardoso pelos vistos, para além de “voar” também tem raízes nas instituições, porque são bloqueados e os processos desaparecem no Tribunal Supremo e de Luanda, na Presidência da República, e o Serviço de Investigação Criminal nada faz.    

Depois de tanta luta e serem convidados a desistir e alguns accionistas falecerem e adoencerem, apenas em 2016, o Tribunal Supremo deu a sentença do caso, ao ser provado que Matos Cardoso usurpou a Expo-Angola. Nem com isso, aceitou abandonar a gestão da FILDA em dez dias, mesmo com o conselho da sua antiga professora e ex-directora do Gabinete do antigo PR, José Eduardo dos Santos. 

De lá para cá, os accionistas “andam” atrás da Acção Executiva da IVª sessão do Tribunal Provincial de Luanda, para entregar as instalações da FILDA, e recentemente foram chamados pelo Governo Provincial de Luanda, e aconselhados a desistir, o que recusam.  

Apesar de actualmente estar destruída e abandonada, os accionistas da Expo-Angola, garantem ter as condições de continuar com a FILDA, por isso pedem intervenção do Presidente da República, João Lourenço. Por outro lado, acusam Matos Cardoso e comparsas, de se apoderar dos bens das instalações, e exigem que o mesmo preste contas. 

Quanto a realização da Feira Internacional de Luanda, realizada o ano passado na Marginal de Luanda, pela Arena, empresa do genro de José Severino, que novamente quer as instalações da FILDA, a Angola-Online apurou que Matos Cardoso pôs mão invisível, assim como acontece com as feiras realizadas noutras províncias do país.

A Angola-Online tentou contactar a direcção da FIL por via telefónica, mas sem sucesso. Vamos continuar acompanhar milimetricamente este caso depois da ocultação por parte doutros órgãos de informação.

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