Farmácia do Maria Pia conserva medicamentos expirados há quase 10 anos
Várias caixas com fármacos e reagentes expirados continuam guardadas na farmácia do Hospital Maria Pia, um ano depois do alerta da direcção anterior. São medicamentos de combate à malária, tuberculose, doenças cardiovasculares, entre outras doenças. Desde o ano passado que MINSA, SIC e IGAE têm conhecimento da situação.

O Hospital Josina Machel conserva na sua farmácia centenas de medicamentos, reagentes e meios médicos com até 10 anos da data de validade vencida. Trata-se de fármacos para diversas patologias como malária (a principal causa de morte no País, com mais de 10 mil vítimas por ano), tuberculose, VIH/Sida, diabetes, doenças cardiovasculares, entre outras.

Entre os medicamentos, estão nove caixas de artesunato injectável (usado no tratamento da malária), mais de 100 mil comprimidos de Besilato de Anlopdina (indicado ao tratamento da hipertensão), cerca de 180 mil comprimidos de Rifampicina (para tratar tuberculose pulmonar), 840 aparelhos Flex Pen (para o tratamento da diabetes), vitaminas, testes rápidos para doenças sexualmente transmissíveis, como VIH/Sida, sífilis e hepatite, cateteres, materiais gastáveis como seringas, agulhas, luvas, adesivos, fios de sutura, reagentes, entre outros.

De acordo com um documento citados pelo Novo Jornal teve acesso, alguns destes medicamentos se encontram expirados desde 2012 e outros desde Agosto do ano passado, mas continuam armazenados na farmácia daquele hospital. Os referidos fármacos foram descobertos no ano passado pelo então director-geral daquela unidade, Azevedo Ekumba.

Sem especificar as quantidades e sem avançar o valor dos prejuízos, o ex-gestor revelou que, após a descoberta, o assunto foi levado ao conhecimento do Ministério da Saúde (MINSA), do Serviço de Investigação Criminal (SIC) e até da Inspecção-Geral da Administração do Estado (IGAE).

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