Vários cidadãos tiraram das garagens os geradores que há muito estavam apanhar poeira, e aguentam as longas filas nas bombas de combustíveis, sacrificando o bolso para que os alimentos congelados não estraguem.
“No meu caso compro apenas cinco litros, embora não chega para abastecer por completo o gerador. Diariamente estou a gastar 1.000 kwanzas. São cortes diários, ontem não tivemos sequer energia. Agora é assim todos os dias, daí que espere estas horas nas bombas, para suportar esta enchente”, desabafou João André.
Na hora da compra do combustível, as contas é que dominam os citadinos. “Gasto 6.000 kwanzas para comprar 47 litros de gasolina só para abastecer e manter em funcionamento o gerador”, explica Bernardo José, fazendo contas aos últimos dias.
Só para conservar os frescos no frigorífico, Ricardo Jorge, outro morador em Luanda, está a gastar diariamente 2.400 kwanzas na compra de 15 litros de gasóleo para o gerador.
“A energia está mal, às vezes vem por volta das 16 e as 18 horas vai. Com os frescos na arca que temos de conservar, estou praticamente aqui nas bombas todos os dias”, disse.