O grupo de estudantes que escreveu ao nosso portal alega estarem numa situação complicada da formação pois encontram-se em prova, “fomos obrigados a abandonar as salas de aulas em plena prova, por termos dívida com a instituição”, descreveram.
No texto os estudantes contam que tentaram contactar o Decano da referida instituição mas este reagiu de uma forma pouca educada, “tentamos contactar o decano da faculdade, bateu-nos com a porta na cara”.
Os mesmos fizeram saber que, os professores apenas dizem que só terão acesso a prova com autorização do Decano da faculdade Phd. Alexandre Chicuna.
Os estudantes pedem uma atenuante uma vez que a situação financeira do país está a dificultar o pagamento atempado das propinas, e apelam, “que nos deixem fazer as provas e congelem as notas e quando pagarmos podemos ver a nota é só isso que queremos”, pedem.
Contactamos a direcção da instituição que através de uma das suas secretárias tivemos acesso aos documentos que mostram o outro lado da moeda.
Pelo que podemos apurar realmente esta situação está a ser vivida na referida instituição de ensino, mas os estudantes foram informados com antecedência sobre as consequências que sofreriam caso não cumprissem com as suas obrigações financeiras.
Constatamos que até ontem existiam mais de 500 estudantes sem a situação regularizada mas, que alguns estudantes requereram ao Decano no sentido de os autorizar fazerem as provas e que até uma certa data fariam os pagamentos, o que foi respondido de forma positiva pois estão a fazer os exames e no acto do pagamento o farão sem as respectivas multas.
Tivemos acesso a um documento de um estudante que tem em atraso dois anos de propinas e também não confirmou a matrícula do presente ano académico e o decano autorizou.
Contactamos também a associação dos estudantes, através do seu vice-presidente, Manuel Catumbela, que contou que essa medida seria posta em prática já no ano passado porque existiam estudantes com até quatro anos de dívida e isso causou muitos transtornos uma vez que o salário dos professores pós laboral é pago por intermédio desse dinheiro.
“Durante as reuniões fomos alertando os colegas sobre os riscos de acumular as dívidas mas eles diziam que está tudo controlado, mas em Outubro o sindicato dos professores ameaçava greve por estarem três meses sem salários e a direcção pressionava a nós como estudantes”, explicou.
Manuel Catumbela disse ainda que, estudantes com até dois meses de propina em atraso estão a fazer os exames normalmente.
A Faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto, foi criada por meio do Decreto nº 7/09 de 12 de Maio, e ministra seis cursos de licenciatura e cinco cursos de mestrado.
