Empresária quer abandonar Angola após ser espancada por agentes do SIC
Foi em Benguela.

Confira:

"Família, sem querer assustar ninguém, só uma pequena partilha de como empresários estão a ser tratados pela Aniesa/SIC.

Estas fotos são o resultado de uma inspecção multi-sectorial realizada hoje à minha empresa.

Encontraram 1 bidon de detergente neutro expirado (embora detergente não expire) e 4 reagentes fora de uso com datas tbm expiradas que expliquei mantemos para referência de compras futuras. Ambos não são incluídos no processo de produção.

Assinei o auto e colaborei o melhor que pude.

Quando chegou ao fim "convidaram-me" para os acompanhar à esquadra. Declinei. Voltaram-me a "convidar" e aí disse "Convite é para o almoço. O que os senhores querem é intimar-me e não estou a entender porquê. A que lei se referem?".

Ao falar com o meu advogado, disseram-me para pôr em viva-voz e ouviram-no a dizer "já estou a chegar, estou a 5 minutos daí". Quando desligo, 3 homens de cada lado agarraram-me para me carregarem para o SIC como se de uma criminosa se tratasse sob o olhar impávido de outros 4 indivíduos.

O meu advogado chegou quando me gritavam "se tens medo, não gere empresa" enquanto eu chorava no chão, perguntando o porquê de tanta humilhação. Aí já me tinham rasgado a blusa. Ao cair esfolei o braço e perdi a sola do sapato.

Disseram ao meu advogado, se ela não vier a bem, vamos pedir reforço à intervenção rápida. É assim que querem promover o empresariado ou decidiram agora perseguir todos os empresários que não fazem parte do clube?".

Caso para perguntar, com Polícia assim, quem precisa de bandidos?! 

Contactei-o porque sei que se sensibiliza com este tipo de situação. Estou positivamente assustada com os bandidos atrás da farda deste país e sinceramente logo que tenha chance, sairei para nunca mais voltar. Sou angolana, mas Angola tornou-se um inferno. Estou cansada.

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